O Momento Sociedade de hoje (14) discutiu o papel do projeto USP Mulheres na universidade e fora dela. A iniciativa é um órgão de assessoria da Reitoria e busca orientar políticas contra a desigualdade de gênero para a própria USP ou por meio de parcerias com empresas e outros países.
O programa se consolidou em 2016, num contexto da CPI dos Trotes, de funcionamento entre 2014 e 2015, que lutava contra os casos de violência em trotes de recepção de calouros nas universidades paulistas, incluindo também o escopo da violência de gênero. Além disso, o órgão foi um convite do projeto #HeforShe da ONU, que em português se chama #ElesporElas. Esse projeto incluiu iniciativas contra a desigualdade de gênero em dez países, dez empresas e dez universidades, incluindo a USP.
José Luiz Portella, doutor em História Econômica pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, explica que o USP Mulheres atua com pesquisas, desenvolvimento de programas e comunicação com outras áreas. Dentro desse escopo, o programa estimula o reconhecimento de casos de violência de gênero para que intervenções sejam feitas. Em 2017, o projeto desenvolveu um evento com aproximadamente 13 mil participantes sobre as relações pessoais na USP, incluindo também temas para além da questão de gênero. Atualmente, o programa foca no aprimoramento da institucionalidade e tem uma pesquisa on-line programada para até 31 de dezembro deste ano sobre o impacto da covid-19 na comunidade uspiana.
Luiz Portella comenta que as empresas estão cada vez mais abertas a questões de gênero, raciais e ambientais, trazendo esses temas até em seus processos seletivos. Nesse sentido, o USP Mulheres também desenvolve iniciativas de integração com empresas. Além disso, o projeto trabalha com a fomentação de políticas públicas.
Momento Sociedade
O Momento Sociedade vai ao ar na Rádio USP todas as segundas-feiras, às 8h30 – São Paulo 93,7 MHz e Ribeirão Preto 107,9 MHz e também nos principais agregadores de podcast
.