No Momento Sociedade de hoje José Luiz Portella, doutor em História Econômica da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, discute a importância da recente aprovação do novo marco legal do saneamento básico no Brasil. A proposta foi aprovada pelo Senado e segue para a sanção do presidente.
Segundo dados de 2018, 101 milhões de brasileiros não têm acesso a esgoto, 35 milhões não têm acesso a água tratada e 52 milhões de pessoas não têm coleta de lixo. Portella destaca que essa falta de infraestrutura é responsável por 15 mil mortes e 350 mil internações por ano, e que “aproximadamente a cada R$ 1 investido em saneamento básico se economizam R$ 4 na área da saúde. É um absurdo que o Brasil tenha demorado tanto para tomar essas medidas, uma vez que tanto o lado econômico quanto o lado humano foram negligenciados”.
Apesar do atraso, as metas para 2033 são atingir os marcos de 99% da população com água tratada e 90% com esgoto, gerando milhões de empregos. “Os grandes desafios são o déficit de gerenciamento que temos, o aspecto da concatenação de projetos, a regulação público-privada em investimentos e o treinamento qualificado de pessoal, além da implantação e as correções ao longo do tempo”, alerta Portella, que também relaciona a estabilidade financeira e política do País a uma aplicação efetiva do projeto.
Saiba mais ouvindo a entrevista na íntegra.