O Momento Sociedade desta semana aborda o estado de nosso viário público, com buracos e pavimento ruim e os problemas que causam não só para carros, como para o trânsito e os pedestres.
“É um problema mais grave do que parece. Incomoda pelo desconforto no veículo (qualquer que seja, num ônibus, no carro, na moto) e pelo visual de degradação. O fato atinge fortemente o fluxo de veículos, o trânsito”, aponta o doutorando em História Econômica José Luiz Portella, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).
A chave do erro é a manutenção, associada a algo menor, mas que tem grande importância para a política pública. “Você faz uma obra e raramente a manutenção daquela obra é prevista no orçamento seguinte, o que gera a deterioração por falta de verba”, explica Portella.
O papel do cidadão para mudar esse cenário advém de três maneiras. Primeiro, cumprir com sua parte na preservação. Segundo, fazer a reclamação, que tem uma via muito rápida por conta do sistema digital. Terceiro, levar o aspecto em conta na eleição. “Quanto as pessoas falam de manutenção? É zero. Ninguém cobra isso”, afirma Portella, que completa: “A manutenção é construção de algo novo, que estava deteriorado e volta a ficar nova”.