Limpeza e armazenamento de escovas dentais são o tema do Momento Odontologia desta semana, com o professor Vinícius Pedrazzi, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, especialista em Endodontia e Prótese e doutor em Reabilitação Oral. O professor lembra que antes de higienizar a cavidade bucal devemos higienizar muito bem as mãos, que vão entrar em contato com os instrumentos para a limpeza da boca e com a mucosa da cavidade bucal.
Sobre o armazenamento o especialista diz que a escova e higienizador de língua ou outro instrumento, após ser enxaguados em água corrente, devem ficar imersos em um copo, descartável ou reutilizável, ou numa vasilha de louça, numa diluição de 50% de água e 50% de cloreto de cetilpiridínio, substância que existe em enxaguantes bucais, em quantidade suficiente para cobrir a cabeça e o pescoço. Essa mesma substância pode ser utilizada por até uma semana, depois disso renová-la. Tirar da solução, enxaguar em água corrente, utilizar e, no término, enxaguar e mergulhar novamente na mistura. Além da escova, higienizador de língua e próteses devem ficar nessa mistura.
Para cada copo ou vasilha deve haver instrumentos, escova e higienizador de língua de uma única pessoa, para evitar infecções cruzadas, como herpes, hepatite e fungos, por exemplo. O professor lembra do custo para fazer essa substância, mas também pode ser feita uma mistura de um copo de água limpa com três gotas de água sanitária, que fica com um gosto ruim, mas aceitável. Quando tirar dessa mistura o instrumento também deve ser lavado abundantemente. “De forma alguma guardar a escova ou higienizador de língua sob a pia, dentro de armários ou em gavetas, sem estar submersa nas substâncias a base de cloreto cetilpiridínio.”
Pedrazzi enfatiza que tampinhas e porta-escovas criam um ambiente altamente propício para o crescimento de fungos, bactérias e vírus que vão reinfectar a pessoa, portanto, é recomendado trocar a escova quando estivermos melhorando do processo infeccioso, pois sempre haverá uma carga viral nas cerdas, mesmo se estiverem mergulhadas na substância citada.
O professor lembra da necessidade de uma boa higiene bucal, sem esquecer da limpeza também do dorso da língua.
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