Caseum amigdaliano (também chamado cáseo amigdaliano), pequenas protuberâncias de material calcificado que ficam nas amígdalas, é o tema do Momento Odontologia desta semana, com o professor Luiz Fernando Mazoni Lourençone, médico otorrinolaringologista do curso de Medicina da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP.
O professor lembra que por serem caracterizados por pequenas bolinhas brancas, acessíveis através do dedo ou algum instrumento, as pessoas tendem a retirá-los manualmente, o que não é recomendado. “A irrigação sanguínea da boca é muito rica e a região mais profunda tem vasos importantes o que pode causar sangramentos e problemas maiores, como importantes processos inflamatórios, por exemplo.”
Tomar bastante água, manter uma boa higiene da boca, usar enxaguantes bucais sem álcool e não manipular manualmente, segundo o otorrinolaringologista, são essenciais para a redução do processo inflamatório causado pelo Caseum, o que muitas vezes pode ser chamado de amigdalite crônica.
Esse processo, quando se prolonga, com inflamações de repetição na garganta ou em rinofaringe, pode gerar inflamações maiores. “Não é comum gerar processos inflamatórios extensos, mas pode levar a outras inflamações em vias superiores, o que felizmente é raro.” O professor alerta que, tudo que gera processo inflamatório crônico pode transformar aquela região da mucosa, no caso da boca, em tumores, benignos e até mesmo malignos, mas não existe uma relação direta entre Caseum e câncer na garganta. “O excesso de inflamação crônica, junto com a manipulação de repetição dessas áreas merecem muita atenção em relação a doenças oncológicas.”
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