Neste episódio do Minuto Saúde Mental, o professor João Paulo Machado de Sousa traz informações do professor Rafael Guimarães dos Santos sobre drogas alucinógenas e psicodélicas. Santos é pesquisador da área de Psicofarmacologia e desenvolve estudos sobre as possibilidades terapêuticas de alucinógenos e canabinoides, entre outras substâncias.
As drogas alucinógenas ou psicodélicas são substâncias naturais ou sintéticas que alteram, de forma significativa, nossos sentidos, sentimentos e ideias. As pessoas que tomam essas substâncias podem experimentar alteração na percepção de cores e sons (que ficam mais intensos), além de sentimentos que podem ir da tranquilidade ao medo, dependendo da reação de cada pessoa e do ambiente onde o uso ocorre.
As drogas mais conhecidas nesse grupo são o LSD (conhecido como “ácido”), a psilocibina (presente em algumas espécies de cogumelos) e a ayahuasca (ou chá do Santo Daime ou hoasca). Embora o LSD e a psilocibina sejam mais conhecidos por seus usos recreativos e sejam substâncias proibidas ou controladas, a ayahuasca é uma substância considerada sagrada por grupos indígenas da Amazônia e por algumas religiões brasileiras, como o Santo Daime, a União do Vegetal e a Barquinha.
Os maiores riscos dessas substâncias são psicológicos, especialmente pela ocorrência de experiências de ansiedade que podem colocar a pessoa em risco, caso não esteja em um ambiente controlado. Por outro lado, são das substâncias menos usadas em geral, e casos de intoxicação graves são raros.
“Estudos recentes de vários grupos de pesquisa, inclusive no Brasil, vêm demonstrando o potencial dessas substâncias no tratamento da depressão, ansiedade e dependência de drogas. No entanto, é muito importante lembrar que são estudos preliminares e que nenhuma dessas substâncias está autorizada para uso médico no Brasil.”
Minuto Saúde Mental
Apresentação: João Paulo Machado de Sousa
Produção: João Paulo Machado de Sousa e Jaime Hallak
Coprodução e edição: Rádio USP Ribeirão
Coordenação: Rosemeire Talamone
Apoio: Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Medicina Translacional, iniciativa CNPq e Fapesp
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