As seis Suítes para Violoncelo de Bach sobreviveram graças a Anna Magdalena Bach (1701-1760), a segunda esposa do compositor alemão. Como afirma o jornalista canadense Eric Siblin no livro As Suítes para Violoncelo, “em algum momento entre 1727 e 1731 ela fez uma cópia do manuscrito original de Bach para um violinista, Georg Heinrich Ludwig Schwanenberger. Quase três séculos depois, aquilo que é conhecido como o manuscrito de Anna Magdalena ainda é o que se tem de mais próximo do original de Bach”. A edição das partituras das suítes encontrada em 1890 pelo violoncelista catalão Pablo Casals – que trouxe à luz as obras até então praticamente desaparecidas – se baseou nesse manuscrito.
Esses trechos do livro de Siblin foram lidos no programa Manhã com Bach, da Rádio USP (93,7 MHz), transmitido nos dias 3 e 4 de outubro de 2020. O programa foi o quinto episódio de uma série que comemora os 300 anos das Suítes para Violoncelo de Bach, obras-primas da música universal criadas em cerca de 1720 na corte de Köthen, no leste da Alemanha, onde o compositor trabalhava na época como regente da orquestra do príncipe Leopold von Anhalt-Köthen.
O programa apresentou a Suíte para Violoncelo Número 5 em Dó Menor (BWV 1011), além da cantata Lobe den Herrn, meine Seele, “Louve o Senhor, minha alma” (BWV 143).
Ouça no link acima a íntegra do programa.
Manhã com Bach vai ao ar pela Rádio USP (93,7 MHz) sempre aos sábados, às 9 horas, com reapresentação no domingo, também às 9 horas, inclusive via internet, através do site da emissora. Às segundas-feiras ele é publicado em formato de podcast na área de podcasts do Jornal da USP.
As edições anteriores de Manhã com Bach estão disponíveis neste link.