Estudo destaca a malandragem feminina nas letras de canções brasileiras

A pesquisa foi realizada no Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP e mostra como a mulher conquistou o seu espaço nesse universo

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 19/03/2021 - Publicado há 3 anos
Novos Cientistas - USP
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Estudo destaca a malandragem feminina nas letras de canções brasileiras
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A jornalista Aniele Caroline Avila Madacki foi a entrevistada desta quinta-feira (18) no podcast Os Novos Cientistas e falou sobre o seu estudo em que analisou a “malandragem feminina” na música brasileira. A pesquisa de mestrado Do samba ao funk: a malandragem feminina nas letras de canções da música contemporânea no Brasil teve a orientação do professor Stelio Alessandro Marras, do IEB.

Segundo a jornalista, a palavra malandragem possui vários significados que podem variar de acordo com o período histórico. Enfim, se há um malandro sambista, esperto e sedutor, há também um malandro preguiçoso, arruaceiro, corrupto. “Em diferentes momentos da história do Brasil o malandro foi uma espécie de símbolo da brasilidade”, descreveu Aniele. Ela mostra em seu estudo que existem também as malandras, que foram retratadas na nossa música desde as décadas de 1930 até os dias atuais.

No estudo, a jornalista buscou, por meio de uma revisão bibliográfica caracterizar as malandras a partir de letras de músicas de três momentos diferentes: as décadas de 1930 e 1940, as décadas de 1970 e 1980 e os anos 2000- 2010. “Trabalhei as canções como se fossem depoimentos etnográficos ou entrevistas concedidas a uma jornalista, ou seja, não me concentrei nos aspectos “musicais” das canções, mas sim nos dizeres-cantos daquelas que se deixaram chamar de malandras”, explicou.


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