No Curioso por Ciência desta semana Isabelle Rodrigues, do Dr. Fisiologia fala sobre como a alimentação e hormônios influenciam a saúde metabólica, especialmente em relação a doenças como diabete tipo 2 e doenças cardíacas. Isabelle diz que uma dieta rica em gorduras e um estilo de vida sedentário são fatores importantes no desenvolvimento de doenças metabólicas, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. O excesso de gordura pode se acumular no fígado, resultando em Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica, que compromete a função da insulina. Além disso, a queda nos níveis de estradiol durante a menopausa pode aumentar a gordura abdominal, elevando o risco de diabetes e doenças cardíacas em mulheres.
Para entender melhor essa relação, Isabelle traz os resultados de uma pesquisa que investigou como a redução da expressão de um receptor específico do estradiol no fígado, chamado receptor de estrogênio alfa, afeta o metabolismo e a resistência à insulina. Usando modelos de pesquisa em camundongos, os cientistas descobriram que, quando esse receptor é menos ativo, o metabolismo do fígado muda, especialmente quando os camundongos seguem uma dieta rica em gorduras. “Esses resultados mostram o quanto é importante o papel desse receptor no controle do metabolismo e na proteção contra doenças como a diabetes tipo 2. Então, o que isso significa no nosso dia a dia?”
Segundo Isabelle, o que comemos, o quanto nos exercitamos e os níveis do hormônio estradiol, têm um impacto enorme na nossa saúde metabólica. E a forma com que esses três fatores se interligam pode ajudar a desenvolver melhores tratamentos e estratégias de prevenção para doenças metabólicas.
O estudo Efeito da redução da expressão por vírus adeno-associado do receptor de estrogênio alfa sobre o metabolismo hepático é o mestrado de Felipe Sanches Edaes, programa de pós-graduação em Fisiologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, com orientação do professor João Paulo Gabriel Camporez, defendido em 2023.
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