
A produção de dados hoje é algo sem precedentes. Fazemos exames médicos por smartphones, nossos celulares mapeiam nossa localização de hora em hora, agências públicas compartilham grandes bancos de dados com universidades e empresas. Por isso, entre o monitoramento da quarentena, as curvas epidemiológicas e a busca pela vacina, a história da pandemia que estamos enfrentando é também uma história sobre dados. Será que dá para chamar a pandemia de covid-19 de pandemia da ciência de dados?
Para responder a essa pergunta, conversamos com Helder Nakaya, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, e com André Carvalho, professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Eles deram alguns exemplos da aplicação da ciência de dados no combate à covid-19, incluindo uma ferramenta que ajuda a identificar notícias falsas no WhatsApp.
Também neste episódio, falamos sobre as novas evidências arqueológicas vindas do México que sugerem que o povoamento das Américas começou há pelo menos 30 mil anos, muito antes do que se imaginava. A arqueóloga Jennifer Watling, pesquisadora do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP, participou da análise do material das escavações e explicou ao Ciência USP a importância dos novos achados.
E conversamos também com Mariane Menezes, obstetriz formada pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, sobre a saúde das gestantes em tempos de coronavírus. Mariane faz doutorado na Unesp e participou de uma pesquisa que apresenta um indicador preocupante: as mulheres brasileiras representam cerca de 80% das grávidas e puérperas mortas por covid-19 no mundo.
Apresentação: Silvana Salles
Produção: Silvana Salles e Giovanna Stael
Edição de som: Guilherme Fiorentini