Ciência USP #07: Temos as armas contra o câncer cervical, mas elas não chegam para todas

O câncer cervical, também conhecido como câncer de colo de útero, tem cura. Mais do que isso: tem prevenção. O problema é que as ferramentas de prevenção não chegam para todas as mulheres. Um estudo recente estimou que, se esse quadro não mudar, 44 milhões de mulheres serão diagnosticadas com esse tipo de câncer nos próximos 50 anos. E também neste episódio: como a tuberculose foi fundamental para o crescimento de uma cidade paulista.

 12/03/2019 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 13/03/2019 as 12:58
Ciência USP - USP
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Ciência USP #07: Temos as armas contra o câncer cervical, mas elas não chegam para todas
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O câncer de colo de útero é o segundo tipo de câncer que mais afeta as mulheres que vivem nas regiões em desenvolvimento. Em 2018, matou 311 mil mulheres em todo o mundo, apesar de ser uma doença curável. Esse tipo de câncer está relacionado com infecções pelo HPV (sigla em inglês para papilomavírus humano), um vírus extremamente comum que é transmitido principalmente pelo sexo.

Para combater o HPV, a Organização Mundial de Saúde recomenda duas ações importantes: a vacinação de meninas entre nove e 14 anos e, para mulheres adultas, exames de rastreamento de lesões causadas pelo vírus. No Brasil, o exame adotado é o papanicolau.

Um estudo publicado em fevereiro na revista científica The Lancet estimou que, se as medidas de prevenção e monitoramento não chegarem a mais pessoas, 44 milhões de mulheres serão diagnosticadas com câncer de colo de útero nos próximos 50 anos. Por outro lado, com maior cobertura de vacinação e exames, o número de mulheres diagnosticadas com câncer poderia cair a níveis bastante baixos até o final do século 21.

Ciência USP convidou o professor Enrique Boccardo, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, para comentar as previsões do artigo do Lancet. Boccardo não participou da pesquisa, mas há 20 anos se dedica a entender os mecanismos que levam o vírus HPV transformar as células infectadas a ponto de causar lesões que podem levar ao câncer.

Ainda neste episódio, conversamos sobre a pesquisa de uma historiadora que conta como a tuberculose foi fundamental para o crescimento da turística Campos do Jordão, no interior de São Paulo.

Ficha técnica

Apresentação: Silvana Salles
Produção e redação: Silvana Salles e Luiza Caires
Edição de som: Rafael Simões


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