Mal começamos a sair da pandemia de covid-19, e a guerra na Ucrânia revela os limites da soberania dos países. Com a justificativa de conter o avanço da Otan, o presidente Vladimir Putin lança mão das armas e invade o segundo maior país do continente europeu, rico na produção de petróleo, gás, milho e trigo, entre outras comodities. A comunidade internacional através da ONU condena a ação russa, enquanto os Estados Unidos lideram a aplicação de sanções econômicas contra Moscou.
Isto traz consequências para o mundo todo, especialmente para os países europeus que dependem do gás de Moscou. Mas a diminuição da atividade econômica por conta da guerra pode atingir também a América Latina e, especialmente, o Brasil, cuja dependência dos fertilizantes russos sustenta boa parte da agricultura nacional.
Com o valor do barril do petróleo nas alturas, a política de preços da Petrobras de acompanhar a cotação internacional provoca um dilema crucial para o principal acionista da empresa: ou o governo federal congela o preço na bomba com subsídios generosos ou autoriza reajustes estratosféricos. O impacto econômico também vem na forma da alta do dólar, subida dos juros e diminuição do consumo com forte desemprego.
Estes e outros assuntos relacionados à guerra na Ucrânia são debatidos no Brasil Latino nesta entrevista do professor de pós-graduação da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, Paulo Feldmann.
Brasil Latino
O Brasil Latino vai ao ar toda terça-feira, às 13h, pela Rádio USP 93,7Mhz (São Paulo) e Rádio USP 107,9 (Ribeirão Preto). As edições do programa estão disponibilizadas nos podcasts do Jornal da USP (jornal.usp.br) e nos agregadores de áudio como Spotify, iTunes e Deezer.
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