
Após o estallido social de outubro de 2019, o povo chileno conquistou nas ruas o direito de votar por uma nova Constituição. Desde 1980, o país está sob a Constituição feita na ditadura de Augusto Pinochet.
Eleitos os constituintes, com ampla maioria progressista, o texto foi submetido a um plebiscito em 4 de setembro de 2022. Surpreendentemente, a proposta foi rejeitada por 62% dos chilenos, impondo uma grande derrota ao governo de Gabriel Boric. O presidente convocou nova eleição constituinte, porém com “viés de baixa” para as forças progressistas.
Na eleição de 4 de maio – agora 51 e não mais 151 cadeiras como foi no processo anterior – as forças de extrema-direita conquistaram 22 vagas, enquanto a esquerda ficou com apenas 17. A centro-direita do agrupamento Chile Seguro garantiu 11 postos e os povos originários elegeram um representante.
Com essa relação de forças favorável à direita, fica a pergunta: depois de intensas mobilizações populares pedindo reformas, será que os chilenos querem efetivamente mudar? Este foi o tema do Brasil Latino com Ester Rizzi, professora da Escola de Artes, Ciências e Humanidades e assessora da recém-criada Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento da USP.
Brasil Latino
O Brasil Latino vai ao ar toda terça-feira, às 13h, pela Rádio USP 93,7Mhz (São Paulo) e Rádio USP 107,9 (Ribeirão Preto). As edições do programa estão disponibilizadas nos podcasts do Jornal da USP (jornal.usp.br) e nos agregadores de áudio como Spotify, iTunes e Deezer.
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