O Ambiente é o Meio desta semana conversa com a pesquisadora Vanessa Teodoro Resende. Formada em Medicina Veterinária pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), Vanessa é mestre pela USP em Pirassununga, no Departamento de Nutrição e Produção Animal, onde, hoje, faz doutorado. O assunto desta semana é a reciclagem do nitrogênio.
O nitrogênio é um elemento fundamental para a fisiologia das plantas e dos animais e, conforme explica Vanessa, sua reciclagem ocorre através de um ciclo, que passa pela absorção do nutriente da atmosfera pelo solo, a utilização do elemento pelas plantas, o consumo das plantas pelos animais e, por fim, os excrementos animais recompõem os nutrientes para o solo, isto, segundo a pesquisadora, em um ambiente perfeito.
Após a revolução industrial o ser humano conseguiu a capacidade de sintetizar o nitrogênio pelo processo da produção de amônia, a partir daí começou a produzir nitrogênio, quebrando a ciclagem da atmosfera para o solo. “A gente começou a influenciar o ciclo colocando muito do que chamamos de nitrogênio relativo, que são formas de nitrogênio não encontradas na atmosfera”, diz Vanessa.
A produção do nitrato de amônia e outros óxidos de nitrogênio para substituir o nitrogênio natural gera complicações para o meio ambiente, por meio do acúmulo do elemento e sua ligação com outras moléculas. Essa produção de produtos sintéticos, após a globalização, causou um desequilíbrio no ciclo do nitrogênio e em sua reciclagem.
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