Nesta semana, o Ambiente é o Meio recebe as pesquisadoras Nathália Ferrazzo Naspolini, especialista em saúde pública, meio ambiente e pós-doutoranda do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, e a professora Carla Romano Taddei, do Departamento de Microbiologia do ICB, para falar sobre recente pesquisa que encontrou metais tóxicos no leite materno.
A detecção dos metais, principalmente o chumbo, se deu a partir de um estudo desenvolvido em parceria com diversos departamentos da USP, que analisou amostras de leite materno e relacionou os achados com o desenvolvimento de 500 bebês ao longo dos primeiros anos de vida. Segundo as pesquisadoras, foram realizadas avaliações de desenvolvimento, de microbioma, de genética e de nutrição dos bebês e das mães doadoras de leite para a pesquisa.
Contaram que foram detectados os metais arsênio, chumbo, mercúrio e cádmio em cerca de 30% das amostras de leite e que a contaminação se relaciona ao local de moradia das pessoas, citando ainda que quem vive mais próximo a rodovias têm mais risco de intoxicação do que quem vive em locais mais afastados dessas regiões.
As pesquisadoras contam como o chumbo promove o atraso no desenvolvimento da linguagem dos bebês e que não se sabe ainda as consequências a longo prazo.
As pesquisadoras finalizam dizendo que não há níveis seguros para a contaminação com chumbo; porém, alertam que as mães não devem parar a amamentação, pois o leite materno é rico em nutrientes e o melhor alimento para os bebês.
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Ambiente é o Meio