O podcast Ambiente é o Meio desta semana conversa com Humberto Alves Barbosa, professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e responsável por implantar e coordenar o Laboratório de Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), uma das principais referências no País quanto à recepção, processamento, análise e distribuição de dados satelitários do Meteosat Segunda Geração (MSG). Membro do Conselho Técnico-Científico (CTC) do Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTIC), Barbosa fala sobre a transposição do Rio São Francisco, o Velho Chico.
Segundo Barbosa, “as políticas públicas não atingiram o coração da transposição”, porque a água não chegou aos pequenos produtores agrícolas. E, focado nas políticas hídricas do semiárido, o professor acaba de lançar um livro, retomando a história do rio São Francisco para desvendar o que está acontecendo no presente em relação às políticas públicas na região.
Barbosa fala sobre os fatores que, segundo ele, tornaram ineficientes as ações para reduzir os impactos ambientais causados pela atividade humana. E, ainda, apresenta os impactos gerados pela transposição do São Francisco como fatores que impossibilitam a gestão sustentável da seca e dos recursos hídricos.
Sobre a desertificação do semiárido brasileiro, tema discutido no último Ambiente é o Meio, o professor acrescenta a transposição ao assoreamento e desmatamento como intensificador da miséria causada pelas secas. “As áreas mais secas estão muito próximas ao rio São Francisco”, afirma o professor, dizendo que são os locais onde as secas são mais severas e apresentam também o menor índice de desenvolvimento e o maior nível de degradação.
Ambiente é o Meio