USP terá centro de pesquisa em parceria com a China para inovação e competitividade

Novo centro é resultado de acordo de cooperação acadêmica assinado com a Universidade Shenzhen e o Instituto de Pesquisa Belt and Road para Cooperação Internacional e Desenvolvimento

 18/01/2022 - Publicado há 3 anos     Atualizado: 21/01/2022 às 19:08
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A cerimônia de assinatura foi realizada on-line e reuniu dirigentes das três instituições no Brasil e na China – Foto: Reprodução

 

A USP, por meio do Centro de Inovação Inova USP, o Instituto de Pesquisa Belt and Road para Cooperação Internacional e Desenvolvimento (BRRI, na sigla em inglês) e a Universidade Shenzhen assinaram, no dia 17 de janeiro, um acordo de cooperação acadêmica para a criação do Centro de Pesquisa China-Brasil para Inovação e Competitividade.

O BRRI é um think tank ligado à Iniciativa Belt and Road, um programa federal chinês de integração com países do mundo todo, também conhecido como Cinturão Econômico da Rota da Seda e a Rota da Seda Marítima do Século 21 ou Nova Rota da Seda.

O acordo assinado com a USP prevê que o novo centro desenvolva atividades acadêmicas, como o estabelecimento de grupos de pesquisa em parceria e desenvolvimento de programas de pós-graduação e de pós-doutorado, e de ações voltadas a negócios, incluindo a criação de uma plataforma para o intercâmbio de informações e oportunidades para empreendimentos inovadores – brasileiros e chineses – e a atração de empresas dos dois países para a implementação de um conselho consultivo.

O centro terá como sede o prédio do Inova USP, no campus de São Paulo, e atuará em cooperação com o Instituto de Estudos Avançados (IEA) e com a Pró-Reitoria de Pesquisa. Será presidido pelo professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e coordenador do Observatório da Inovação do IEA, Glauco Arbix.

Parceria estratégica

Durante a cerimônia, realizada on-line, a vice-reitora da Universidade Shenzhen, Zhang Xiao Hong, considerou que o acordo assinado com a USP é o começo de uma parceria benéfica para as instituições, que “poderão trabalhar juntas para construir uma plataforma e um mecanismo de cooperação e de desenvolvimento, para fomentar ações de intercâmbio educacional e de recursos acadêmicos, para melhorar a capacidade inovadora com estratégias bilaterais e para fortalecer os laços amigáveis entre China e Brasil”.

“A China é um dos países que mais investem no Brasil. Dessa forma, é importante fomentar cada vez mais essas parcerias. Para a USP, uma universidade de pesquisa abrangente e multidisciplinar, as áreas de cooperação previstas neste acordo, como agricultura digital, bioeconomia, cidades inteligentes, relações internacionais e políticas públicas, são tópicos imprescindíveis neste momento do desenvolvimento brasileiro”, destacou o reitor da USP, Vahan Agopyan.

A presidente da BRRI, Tao Yi Tao (sentada), com os representantes da Universidade de Shenzhen – Foto: Reprodução

 

A presidente do BRRI, Tao Yi Tao, abordou as linhas de atuação do instituto e também ressaltou a importância do acordo que possibilitará o desenvolvimento da pesquisa conjunta e do intercâmbio de estudantes entre os dois países.

O presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Marco Antonio Zago, afirmou que a fundação está “preparada para apoiar a participação de pesquisadores de São Paulo nesta colaboração. Nosso Estado tem cooperações tradicionais com a China, tanto com universidades quanto com comércio e indústria. Uma das mais importantes vacinas contra a covid-19 no Brasil é produzida em São Paulo, com base em um acordo tecnológico assinado entre Sinovac e Instituto Butantan. Tenho certeza que a Fapesp vai contribuir para transformar este acordo em pesquisa conjunta concreta”.

O diretor do Inova USP, Luiz Henrique Catalani, assegurou que o novo centro “está comprometido a construir e dar apoio aos elementos necessários para esta colaboração. Este acordo representa a pedra fundamental de uma nova era de colaboração entre o Inova USP e o BRRI”. O coordenador do centro, Glauco Arbix, explicou que os próximos passos serão o estabelecimento de um plano de cooperação e de um cronograma de execução e a criação de um grupo de trabalho conjunto para construir a proposta de cooperação.

O professor Glauco Arbix será o coordenador do Centro de Pesquisa China-Brasil para Inovação e Competitividade – Foto: Reprodução

 

Também participaram do evento o novo reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, que será empossado no cargo no próximo dia 26 de janeiro; o pró-reitor de Pesquisa, Sylvio Roberto Accioly Canuto; o presidente da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani), Valmor Tricoli; o diretor da Agência USP de Inovação (Auspin), Marcos Nogueira Martins; o coordenador do Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico (Egida), Aluisio Segurado; o diretor do Departamento de Intercâmbio Internacional e Cooperação da Universidade de Shenzhen, Jiang Jianwu; o diretor da Escola de Intercâmbio Internacional da instituição chinesa, Yanchun Pan, entre outros dirigentes e representantes das universidades.


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