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Em uma cerimônia realizada no dia 28 de fevereiro, na Sala do Conselho Universitário, a USP – por meio do Programa USP Diversidade, da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária – e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) assinaram um acordo de cooperação com o objetivo de desenvolver ações em parceria na área de promoção da igualdade, da solidariedade e dos direitos humanos.
“A USP apoia o desenvolvimento de políticas públicas que levem à igualdade não apenas no caminho da Aids, mas na luta pela igualdade de gêneros também. Temos como ambição formar não apenas profissionais, mas pessoas que possam levar mensagem de cidadania e acolhimento à população”, afirmou a pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária, Maria Aparecida Moreira Machado.
O evento contou com a presença de dirigentes da Universidade e do Unaids, pesquisadores e representantes das áreas de saúde, direitos humanos e cidadania.
A diretora do programa Unaids, Georgiana Braga-Orillard, alertou para a necessidade da realização de campanhas de conscientização e prevenção contra o HIV mais adequadas aos jovens. “As universidades estão muito mais próximas dos jovens e isso é muito importante para compreendermos melhor essa geração. Também estamos falhando em relação aos mais vulneráveis, como a população LGBT, a população carcerária ou pessoas que vendem sexo. Essas pessoas estão sendo deixadas para trás e nós precisamos colocar novamente a atenção nelas”, explicou Georgiana.
“Precisamos trazer as ideias da academia para o desenvolvimento de pesquisas novas. Apesar de o Brasil conseguir, por meio do SUS, fornecer medicamento de ponta, métodos de prevenção, toda a parte médica, científica e de saúde, ainda precisamos investir muito na questão da discriminação”, disse a diretora.
Georgiana também lembrou que o dia 1º de março é o Dia Mundial de Zero Discriminação, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014.
Diversidade
O acordo de cooperação intensifica uma parceria que já vinha se estabelecendo entre as duas instituições por meio de diversas ações. Além de cursos de extensão, o documento prevê a realização de eventos e encontros para a discussão dos temas e trocas de experiências.
Em 2018, USP e Unaids promoveram cursos de extensão gratuitos voltados tanto para profissionais da saúde quanto de comunicação, com o objetivo de propor uma atualização profissional que mitigue a discriminação no tema HIV/Aids. Os cursos foram oferecidos nos campi de São Paulo e Ribeirão Preto por meio do programa USP Diversidade, responsável na Universidade por ações de apoio, esclarecimento e informação na área de direitos humanos, e que integra o conjunto de programas USP Comunidade.
“A USP tem uma constante atuação na busca da excelência, não apenas nos trabalhos de transmissão de conhecimento, mas sobretudo nas relações culturais e sociais que resultam na postura cidadã de nossos discentes, docentes e funcionários. A parceria com o Unaids denota um esforço conjunto e propicia ações como cursos e demais atividades culturais e extensionistas com foco nos compromissos relativos ao respeito universal com os direitos humanos”, disse a coordenadora do USP Diversidades, Ana Paula Morais Fernandes.
USP e ONU
O reitor Vahan Agopyan reforçou que essa é a terceira iniciativa conjunta da USP com a ONU. “Além da parceria nas áreas de sustentabilidade urbana e igualdade de gêneros, agora também atuaremos na questão do combate à epidemia de HIV no Brasil. Essa é a função da universidade de pesquisa e a parceria com a ONU é muito importante para aproximar a USP das demandas da sociedade e melhorar o diálogo com ela”, afirmou o dirigente.
Desde 2017, a Universidade sedia um Escritório Regional do Programa Cidades do Pacto Global da ONU – acordo humanitário entre empresas, organizações da sociedade civil e demais instituições de todo o mundo –, contribuindo assim para o avanço da Agenda ONU dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, a Agenda 2030.
Outra ação conjunta é no movimento HeForShe, desenvolvido pela ONU Mulheres – instituição das Nações Unidas dedicada a projetos na área de igualdade de gêneros e empoderamento das mulheres. Em 2015, a USP foi uma das dez universidades escolhidas internacionalmente para fazer parte do movimento, sendo a única da América do Sul. O movimento reúne dez chefes de Estado, dez presidentes de empresas e dez presidentes de universidades para desenvolver iniciativas e advogar pela igualdade de gêneros.
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