USP e Ibram lançam plataforma para identificação de ouro ilegal

Além da Plataforma de Compra Responsável de Ouro (PCRO), que permite identificar o ouro ilegal, as instituições também irão cooperar com intercâmbios acadêmicos e pesquisa

 Publicado: 19/05/2023     Atualizado: 23/05/2023 as 15:51
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A assinatura do Acordo de Cooperação entre a USP e o Ibram foi realizada no Salão de Atos da Reitoria, no dia 18 de maio – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

A USP e o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) lançaram na última quinta-feira, dia 18 de maio, a Plataforma de Compra Responsável de Ouro (PCRO). O evento aconteceu no Salão de Atos da Reitoria e contou com a presença da vice-reitora, Maria Arminda do Nascimento Arruda, do diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann, e do diretor do Núcleo de Pesquisa para Pequena Mineração Responsável (NAP.Mineração), Giorgio de Tomi.

Além do lançamento da plataforma, as instituições celebraram um acordo de cooperação acadêmica que tem como objetivo a elaboração conjunta de pesquisas e eventos, o intercâmbio de alunos e servidores técnicos e administrativos e o oferecimento de disciplinas e cursos compartilhados. 

A vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda celebrou o lançamento da PCRO e a assinatura do acordo de cooperação. “São medidas civilizatórias, pois afastam práticas ilegais e favorecem uma mineração inclusiva e sustentável. A USP está mobilizando seu conhecimento em prol de uma agenda grandiosa. É um momento muito importante e feliz para a Universidade”, afirmou a vice-reitora.

[A partir da esquerda] O presidente do Ibram, Raul Jungmann; a vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda; e o coordenador do NAP Mineração, Giorgio de Tomi – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens
Para o diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann, a plataforma é uma ferramenta na separação do ouro legal do ilegal. “A mineração ilegal leva à morte e à destruição na natureza. Então, a plataforma coloca nas mãos dos compradores a possibilidade de reconhecer o ouro ilegal, para que não comprem. Nós acreditamos que toda atividade econômica deve ser responsável pelos impactos que causa”, explicou.

Giorgio de Tomi, presidente do NAP.Mineração, núcleo de pesquisa que gestou a PCRO, afirmou que a parceria entre a USP e o Ibram irá impulsionar uma transformação no setor da mineração. “Nas últimas décadas, a USP tem produzido conhecimento, tecnologia e soluções socioambientais para a mineração nacional. Temos um compromisso de atender às demandas da sociedade pela transição energética e controle das mudanças climáticas. A mineração faz parte desse cenário”, afirmou De Tomi. 

A Plataforma de Compra Responsável de Ouro – PCRO

A ferramenta auxilia os compradores de ouro a reconhecer o ouro ilegal. Ela agrega dados públicos de instituições como a Agência Nacional de Mineração e a Receita Federal, por exemplo, e concede uma pontuação aos garimpeiros e mineradoras por informações adicionais prestadas. A PCRO estará disponível via internet, em inglês e português.  

Com apoio financeiro da WWF e do Instituto Igarapé, o projeto piloto foi desenvolvido pelo NAP.Mineração da USP e foi testado por órgãos como o Ministério Público e entidades privadas como a Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMS). Futuramente, a plataforma poderá ser expandida para outros metais e outros países.

O coordenador do NAP.Mineração, Oswaldo Nico, apresentou a Plataforma de Compra Responsável de Ouro (PCRO) – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

 


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