USP dá início à flexibilização das atividades presenciais em cinco campi

Atualização do Plano USP prevê retorno de 20% dos servidores técnicos e administrativos e reabertura parcial dos campi

 28/10/2020 - Publicado há 3 anos     Atualizado: 03/11/2020 as 19:48
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O campus de São Paulo entrará na Fase C no próximo dia 6 de novembro – Foto: George Campos/USP Imagens

A Reitoria divulgou, no dia 27 de outubro, a atualização do Plano USP para o retorno gradual das atividades presenciais. O documento, que foi implementado em agosto, define protocolos, oferece recomendações e apresenta orientações aos gestores e aos membros da comunidade universitária para a viabilização progressiva das atividades acadêmicas e administrativas presenciais nos campi, que estão suspensas desde o dia 17 de março, por conta da pandemia da covid-19.

O Plano USP está sendo desenvolvido e atualizado pelo grupo de trabalho formado por dirigentes da Universidade e coordenado pelo vice-reitor Antonio Carlos Hernandes.

“Neste novo documento, que passa a vigorar a partir de 6 de novembro, oferecemos à comunidade a versão atualizada do plano, com alterações expressivas, incorporando as várias sugestões da comunidade universitária. O cenário epidemiológico do Estado de São Paulo está mais favorável, mas permanece inalterada a premissa basilar de preservar a saúde e a vida de alunos, docentes e servidores técnicos e administrativos, de forma que ajustes podem ocorrer continuamente”, destaca o vice-reitor.

O Plano USP se baseia parcialmente no Plano SP do Governo do Estado e é constituído por cinco fases, que vão de A a E, sendo a primeira a mais restritiva e a E classificada como “normal 2021”, quando se espera a retomada completa das atividades presenciais da Universidade e o retorno de toda a comunidade universitária.

Uma das atualizações do documento diz respeito ao tempo de estabilidade para que o campus possa passar de uma etapa para outra menos restritiva, que foi de quatro para duas semanas.

Retomada

Antonio Carlos Hernandes – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Cinco dos oito campi da USP passaram da Fase B para a C, que permite maior flexibilização em relação ao retorno das atividades presenciais: São Paulo, Santos, Lorena, Piracicaba e Pirassununga. Com isso, ficou estabelecido o retorno compulsório de 20% do total de servidores técnicos e administrativos por dia e por unidade ou órgão, em regime de revezamento, exceto em casos de pessoas com situações clínicas específicas ou com mais de 60 anos de idade.

Segundo o Departamento de Recursos Humanos, ligado à Coordenadoria de Administração Geral (Codage), em outubro, antes da atualização do Plano, 32% dos servidores técnicos e administrativos, ligados a setores de pesquisa e às Diretorias das unidades, já estavam trabalhando presencialmente, sem incluir os que atuam na área de saúde, que não suspenderam suas atividades.

O acesso aos campi para a comunidade externa também está permitido para prática esportiva em ambiente aberto, das 5h às 20h, de segunda a sexta-feira, bem como os centros esportivos. As bibliotecas terão retorno parcial do atendimento, mediante agendamento. Os museus e centros culturais poderão ser reabertos, com restrição ao público e observadas as normas de biossegurança e a legislação municipal.

Os demais campi da USP nas cidades de Bauru, São Carlos e Ribeirão Preto permaneceram na Fase Amarela, com maiores restrições.

Está prevista a realização de testes sorológicos da covid-19 nos servidores e profissionais de empresas terceirizadas de serviço contínuo (limpeza, portaria e vigilância) de todos os campi. Em São Paulo, os testes já começaram a ser feitos. Segundo o vice-reitor, o exame é opcional e “faz parte do inquérito epidemiológico de nossa instituição. O objetivo é detectar  presença ou ausência de anticorpos, visando a saber quantos de nós já tiveram contato com o vírus e produziram anticorpos”.

Um aplicativo, que deverá ser lançado em breve, fará o monitoramento diário das condições de saúde da comunidade.

Retorno seguro

Para o retorno seguro dessas atividades, foram investidos cerca de R$ 2,5 milhões para a aquisição de equipamentos de proteção individual, como máscaras, protetores faciais, luvas, aventais, entre outros, que estão sendo distribuídos às Unidades de Ensino e Pesquisa para a utilização de alunos, docentes e funcionários técnicos e administrativos.

“Além dos materiais de proteção específicos para a área da saúde, providenciamos para todos os membros da Universidade álcool-gel 70%, sabonete líquido, máscaras e protetores faciais. Serão mais de 500 mil máscaras e mais de 200 mil face shields, por exemplo. Deve-se reforçar que os protocolos de biossegurança devem ser seguidos rigorosamente pela comunidade universitária”, destaca o vice-reitor.

As aulas teóricas de graduação e de pós-graduação em todos os campi continuam a ser ministradas de forma remota até o final do semestre.

Clique aqui e acesse a íntegra do documento.


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