USP assina a Declaração de Tolerância Zero para a Violência de Gênero nas Universidades

O documento é uma iniciativa da Red de Macrouniversidades de América Latina y el Caribe

 26/11/2021 - Publicado há 2 anos     Atualizado: 30/11/2021 as 18:45
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O reitor Vahan Agopyan assinou a Declaração de Tolerância Zero para a Violência de Gênero nas Universidades durante o evento em comemoração ao Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra as Mulheres – Foto: Reprodução

A USP é uma das signatárias da Declaração de Tolerância Zero para a Violência de Gênero nas Universidades, que propõe ações para combater a violência de gênero nas universidades da América Latina.

A assinatura da Declaração aconteceu ontem, dia 25 de novembro, durante o evento on-line Acciones por la igualdad de género en las macrouniversidades de América Latina y el Caribe, organizado pela Red de Macrouniversidades de América Latina y el Caribe.

“Todas e todos conhecemos o poder de transformação que têm as instituições de educação superior e seu enorme potencial para desmantelar práticas culturais nocivas. Hoje, nos unimos neste ato para convocar todas as universidades, seus membros e comunidades a buscar a verdadeira igualdade, a erradicar a dominação e a violência de gênero. Nossa responsabilidade como Red de Macrouniversidades vai além da educação formal, nosso dever está em criar uma nova cidadania e com ela fortalecer uma cultura de paz e igualdade”, afirmou o reitor da Universidad Nacional Autónoma de México (Unam), Enrique Graue Wiechers, atual presidente da Red de Macrouniversidades.

O documento é um marco no combate a todas as formas de violência de gênero nas universidades que compõem a rede, e prevê uma transformação igualitária, inclusiva, justa e comprometida com os direitos humanos, realizada por meio de reformas jurídicas, normativas e acadêmicas. (Clique aqui para ler a íntegra da Declaração de Tolerância Zero para a Violência de Gênero nas Universidades.)

As universidades signatárias se comprometem a realizar campanhas de sensibilização e programas de capacitação; incentivar toda a sociedade a denunciar casos de violência; criar políticas de prevenção, com base em normativas nacionais e internacionais; ampliar a diversidade de gênero em cargos de decisão; promover acordos de cooperação com outras instituições para fortalecer o compromisso de alcançar uma vida livre de violência.

Ações para a igualdade de gênero nas universidades

Em comemoração ao Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, em 25 de novembro, a Red de Macrouniversidades de América Latina y el Caribe organizou o evento Acciones por la igualdad de género en las macrouniversidades de América Latina y el Caribe, que reuniu pesquisadores e dirigentes que coordenam as políticas de gênero das universidades que integram a rede.

O evento foi conduzido pela coordenadora para a Igualdade de Gênero da Unam, Tamara Martínez Ruiz, que também participou da mesa-redonda Ações para a igualdade de gênero, junto com a coordenadora do Escritório USP Mulheres, Adriana Alves; a vice-reitora acadêmica da Universidad de Buenos Aires, María Catalina Nosiglia; a diretora de Igualdade de Gênero da Universidad de Chile, Carmen Andrade; e a diretora do Instituto de la Mujer da Universidad de Panamá, Aracelly de León.

A reitora da Universidad Nacional de Colombia, Dolly Montoya Castaño, proferiu a conferência magna.

Assista, a seguir, à íntegra do evento Acciones por la igualdad de género en las macrouniversidades de América Latina y el Caribe:

Origem da data

O dia 25 de novembro foi escolhido como o Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra as Mulheres para homenagear três mulheres da República Dominicana, as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, conhecidas como “Las Mariposas”. Elas se opuseram à ditadura de Rafael Leónidas Trujillo e, por isso, foram presas, torturadas e assassinadas em 25 de novembro de 1960.

Em 1981, durante o Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho, que foi realizado na Colômbia, a data do assassinato das irmãs Mirabal foi indicada para ser o dia latino-americano e caribenho de luta contra a violência à mulher.

Quase duas décadas depois, em 17 de dezembro de 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 25 de novembro como o Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra as Mulheres, em homenagem às irmãs Mirabal.


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