
A superintendente de Gestão Ambiental (SGA) da USP, Patrícia Iglecias, participou de eventos na Europa que fortaleceram os desafios e as soluções para uma agenda climática global. Em Davos, na Suíça, ela acompanhou a discussão do Fórum Econômico Mundial, onde líderes debateram estratégias para enfrentar a crise climática e avançar na transição energética.
Posteriormente, em Zurique, Patrícia apresentou uma análise sobre os desafios climáticos para 2025 no fórum econômico organizado pelo Lide, organização que promove a integração de líderes empresariais, políticos e acadêmicos para debater questões econômicas, sociais e ambientais relevantes. O evento contou ainda com a participação dos ministros do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, além do ex-presidente Michel Temer. O painel abordou questões como governança ambiental, ESG (Environment, Social, and Governance) e os desafios jurídicos para a descarbonização.
A superintendente destacou a importância de ações efetivas para garantir a segurança climática e a estabilidade ambiental. “Chegamos a um ponto em que a transição energética precisa ser acompanhada de governança transparente, políticas públicas claras e combate ao greenwashing. A redução das emissões não é uma opção, mas uma necessidade urgente”, afirmou.
Entre os temas envolvidos, Patrícia ressaltou o aumento das concentrações de dióxido de carbono, que atingiu 420 ppm, o maior índice da história. Ela também alertou sobre os efeitos dos eventos climáticos extremos recentes, como os incêndios na Califórnia e os desastres ambientais no Brasil. “Precisamos alinhar esforços globais com iniciativas locais, como o fortalecimento da bioeconomia e da agricultura regenerativa”, declarou.
A superintendente chamou a atenção para o papel da USP como pioneira em projetos de descarbonização e destacou iniciativas como o Centro de Pesquisa e Inovação em Clima e Sustentabilidade (USPproClima). Ela frisou que o Brasil, como anfitrião da COP30, tem a responsabilidade de liderar soluções baseadas na natureza, citando projetos de restauração ecológica e inovação tecnológica como cruciais para o futuro.
O fórum em Zurique reforçou a necessidade de colaboração entre governos, empresas e academia para enfrentar a emergência climática. “Estamos diante de um momento crítico. As decisões tomadas agora moldarão o futuro das próximas gerações”, concluiu a professora.