No dia 13 de maio, o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior participou da sessão temática da Congregação da Faculdade de Medicina (FM) que discutiu o tema Escolas Médicas. A iniciativa do debate do tema foi da Associação dos Professores Eméritos da Faculdade, presidida pelo professor do Departamento de Gastroenterologia, Marcel Cerqueira César Machado.
Além dos docentes da FM, representantes de outras universidades e entidades médicas, como Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Associação Paulista de Medicina, participaram do encontro.
O Brasil possui hoje 354 cursos de Medicina, dos quais 70% são ministrados em instituições de ensino particulares, e que oferecem um total de 35.642 vagas. As discussões entre os presentes giraram em torno da formação dos profissionais, da qualidade de ensino ofertada e do sistema de avaliação dos cursos.
“A Faculdade de Medicina pode liderar essa discussão na área médica e é muito pertinente que congregue outras escolas. Precisamos melhorar a qualidade da formação de nossos estudantes e a Reitoria está à disposição para apoiar a iniciativa”, afirmou o reitor, que é docente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP).
O pró-reitor de Graduação, Aluisio Augusto Cotrim Segurado, que também é professor da FM, destacou que “o que se discute aqui está alinhado com o plano de trabalho da Pró-Reitoria, relacionado ao fortalecimento da formação multiprofissional, e representa uma oportunidade para o estabelecimento de novas estratégias de ensino, que podem ser extraídas dos ensinamentos do período da pandemia”.
Inovação
Após a reunião da Congregação, o reitor da USP visitou o Laboratório de Ensino, Pesquisa e Inovação em Cirurgia (Lepic), ligado ao Hospital das Clínicas (HC) da FM. O espaço, que iniciou suas atividades em março deste ano, visa a desenvolver programas de ensino, pesquisa e inovação das áreas cirúrgicas do HC nos campos da laparoscopia, videocirurgia, videoendoscopia e cirurgia robótica.
Segundo o livre-docente do Departamento de Gastroenterologia da Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo da FM, Ricardo Zugaib Abdalla, a intenção é que o laboratório seja um espaço de referência onde os profissionais possam desenvolver sua expertise. “Vamos integrar as tecnologias e mostrar na prática o que elas podem fazer, para que alunos da graduação, residência médica, pós-graduação e até mesmo desenvolvedores de software e games cirúrgicos possam entender o que é uma sala cirúrgica”, considerou.
Carlotti ressaltou que, na Universidade, há docentes de outras unidades de ensino, como Escola Politécnica (Poli) e Instituto de Matemática e Estatística (IME), que já desenvolvem projetos na área de Medicina, e que possíveis colaborações com o laboratório podem ser viabilizadas por meio da recém-implementada área de Inovação na Pró-Reitoria de Pesquisa.
