Últimos dias para conferir a exposição “Adornos do Brasil indígena”

Na exposição, o “adorno” é apresentado como um elemento singular e representativo de múltiplas formas e expressões de resistências das comunidades indígenas

 05/01/2017 - Publicado há 7 anos     Atualizado: 25/05/2017 as 17:01
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Essa mostra é o primeiro projeto realizado entre a USP e o Sesc como parte de um processo de cooperação entre as instituições, iniciado no final de julho, em torno da formalização de projetos expositivos e de ação educativo-cultural

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Na exposição, os adornos estão organizados em três módulos: o corpo como suporte de resistência, a representação do corpo ao longo do tempo nas sociedades indígenas e celebrações indígenas como resistência

Até o dia 8 de janeiro, próximo domingo, fica em cartaz a exposição “Adornos do Brasil Indígena: resistências contemporâneas”, no Sesc Pinheiros, que apresenta conteúdos do acervo de adornos indígenas do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP e obras de arte contemporânea pertencentes a acervos privados e outras coleções museológicas, com o intuito de refletir sobre as múltiplas formas e expressões de resistência das sociedades indígenas.

A partir de artefatos, fotos e filmes, o “adorno” é apresentado como um elemento singular e representativo de múltiplas formas e expressões de resistências das comunidades indígenas, por meio de interlocuções entre as manifestações culturais dessas sociedades e a produção de arte contemporânea, no contexto dos embates da sociedade nacional. Na exposição, os adornos estão organizados em três módulos: o corpo como suporte de resistência, a representação do corpo ao longo do tempo nas sociedades indígenas e celebrações indígenas como resistência.

Estão representadas na exposição expressões culturais indígenas contemporâneas de várias regiões do território brasileiro, tais como: Waurá (MT), Suyá (MT), Krahô (TO), Rikbaktsa (MT), Bororo (MT), Guarani (SP), Kayapó-Xikrin (PA), Kaxinauá (AC) e Karajá (GO), como também vestígios arqueológicos da Amazônia e São Paulo.

Exibindo obras já existentes – entre icônicas e pouco vistas – e outras inéditas, a mostra conta ainda com a participação de Ailton Krenak, Anna Bella Geiger, Bené Fonteles, Carlos Vergara, Claudia Andujar, Delson Uchôa, Fred Jordão, Lygia Pape, Nunca, Paulo Nazareth e Thiago Martins de Melo.

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Mapa das sociedades do Brasil indígena representadas na exposição

O projeto conceitual foi elaborado pela equipe do MAE, sob a coordenação da museóloga Maria Cristina Oliveira Bruno e da educadora Carla Gibertoni Carneiro, e do curador Moacir dos Anjos, convidado pelo Sesc para a proposição da interlocução com a arte contemporânea.

Parceria

Essa mostra é o primeiro projeto realizado entre a USP e o Sesc, que faz parte de um novo termo de cooperação entre as instituições, assinado no final de julho de 2016, em torno da formalização de projetos expositivos e de ação educativo-cultural.

Apesar de significativo, o acervo de etnologia brasileira do MAE – criado há 27 anos – não é suficientemente conhecido fora do meio acadêmico. E, a partir desta constatação, foi proposto ao Sesc um programa de colaboração, que convidou a USP a refletir sobre as múltiplas formas e expressões de resistência das sociedades indígenas que são contempladas pela exposição.

A exposição conta também com atividades educativas, formação para professores e outras programações complementares, e pode ser visitada no 2º andar do Sesc Pinheiros, até dia 8 de janeiro de 2017, de terça a sábado, das 10h30 às 21h30, e aos domingos e feriados, das 10h30 às 18h30.

O Sesc Pinheiros fica na Rua Paes Leme, 195 – Pinheiros, São Paulo (próximo à estação Faria Lima do metrô).

Mais informações pelo telefone (11) 3095-9400.

(Fotos: Ernani Coimbra)


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