Seminário reúne bolsistas do Programa de Intercâmbio Internacional

Nos dias 17 e 18 de outubro, foi realizado o I Seminário do Programa de Bolsas de Intercâmbio para Alunos de Graduação, no Auditório João Yunes da Faculdade de Saúde Pública (FSP).

 22/10/2013 - Publicado há 11 anos
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Nos dias 17 e 18 de outubro, foi realizado o I Seminário do Programa de Bolsas de Intercâmbio para Alunos de Graduação, no Auditório João Yunes da Faculdade de Saúde Pública (FSP)

O seminário reuniu bolsistas contemplados pela primeira edição do Programa de Bolsas de Intercâmbio para Alunos de Graduação, que realizaram o intercâmbio no segundo semestre de 2012 ou no primeiro semestre de 2013. Os estudantes puderam compartilhar a experiência proporcionada pelo programa e falar um pouco sobre as dificuldades encontradas, as semelhanças e as diferenças entre a USP e as universidades estrangeiras, as disciplinas cursadas e a contribuição acadêmica do intercâmbio.

Da esquerda para a direita: os membros da Comissão Ana Cláudia Latrônico (FM) e Frank Quina (IQ); o coordenador do programa Sedi Hirano; a diretora da FSP Helena Ribeiro; e Marisa Aparecida Bismarq (Esalq)

Ao todo, 38 alunos se apresentaram, divididos em sete mesas, coordenadas pelos professores Vladimir Safatle (FFLCH), Ricardo Ricci Uvinha (EACH), Carlos Roberto Azzoni (FEA), Raul Franzolim Neto (FZEA), Ana Cláudia Latrônico (FM), Heloísa Lee Burnquist (Esalq) e Frank Quino (IQ).

Na abertura, o coordenador da Comissão Executiva do Programa, Sedi Hirano, explicou os critérios para a concessão de bolsas, que priorizaram o mérito acadêmico, a participação em projetos de pesquisa e o intercâmbio com universidades de prestígio, bem classificadas de acordo com critérios internacionais de rankings como o QS, o THE e o ARWU, ou que tenham reconhecidos núcleos de excelência.

“Com isso, a USP, que já nasceu internacional, potencializa essa característica. O número de bolsas que cada Unidade recebeu foi definido de acordo com o tamanho das Unidades. Nosso programa não discrimina a ciência – como o Ciência Sem Fronteiras –, ele beneficia todas as áreas de conhecimento inclusive a área de ciências humanas”, afirmou. Hirano também explicou que, além do aproveitamento de 100% das bolsas que haviam sido inicialmente destinadas às Ciências Humanas, essa área também utilizou boa parte das vagas remanescentes das outras áreas, totalizando 47% das bolsas concedidas – enquanto a área de ciências da Saúde ficou com 21% e Ciências Exatas e Tecnológicas, 32%.

“Algo inegável ao realizar um programa de intercâmbio é a visibilidade que o país e a universidade de origem ganham através de seus estudantes. Seja como uma espécie de correspondente internacional para quem se recorre após ouvir notícias sobre o Brasil na mídia, seja como parceiro para o aprendizado da língua portuguesa para aqueles que aceitam o desafio, o interesse pela “brasilidade” se manifesta de forma mais acentuada conforme nossa cultura encontra expressão em terras distantes”, considerou o estudante de História, Pedro Paulo Devescovi Parreira, que passou uma temporada na renomada Ruprecht-Karls-Universität

Programa de Bolsas de Intercâmbio para Alunos de Graduação

Tendo como premissas a importância do intercâmbio internacional como instrumento complementar para a formação do aluno, a necessidade de fortalecer e internacionalizar o ensino de graduação e a pluralidade do ensino e dos objetivos dos cursos de graduação da Universidade, a Reitoria criou, em dezembro de 2011, o Programa de Bolsas de Intercâmbio Internacional.

“Foi uma oportunidade privilegiada para incrementar o meu conhecimento da cultura japonesa por meio do contato in loco. A experiência proporcionou um grande enriquecimento pessoal, acadêmico e profissional que permitirá aplicar os conhecimentos adquiridos na pesquisa e na vida acadêmica”, afirmou o aluno de Letras, Francisco Coutinho Filho, que cursou um semestre na Universidade de Sophia, em Tóquio

A primeira edição do programa investiu aproximadamente R$ 19 milhões e ofereceu 989 bolsas de estudo para estudantes de Graduação terem a oportunidade de cursar um semestre e desenvolver atividades de pesquisa em instituições do exterior. Cada bolsa teve a duração de um semestre letivo e contemplou até seis mensalidades – estendida até 18 meses para os programas de duplo diploma –, um adicional a título de despesas de instalação, seguro-saúde e passagem aérea de ida e volta.

Os destinados mais procurados pelos alunos foram Portugal, com 269 intercambistas; França, com 164; Estados Unidos, com 103; Espanha, com 77; e Alemanha, com 71.

As bolsas foram distribuídas em duas modalidades: Bolsa Mérito Acadêmico e Bolsas Empreendedorismo. O principal critério para a seleção dos bolsistas foi a valorização dos bons estudantes, aqueles que apresentaram características intrínsecas de liderança e ousadia para a inovação tecnológica dentro de suas áreas de formação.

O número de bolsas destinadas a cada Unidade foi proporcional ao número de alunos, por isso, as Unidades que mais enviaram alunos foram a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), com 120 alunos; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), com 81; Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA), com 64.

Atualmente, está em curso a segunda edição do Programa, que enviará, no segundo semestre de 2013 e primeiro semestre de 2014, aproximadamente 1.100 alunos de Graduação para o intercâmbio em universidades estrangeiras. O investimento total previsto para a segunda edição do programa é de R$ 25 milhões.

(Fotos: Ernani Coimbra)


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