Na noite de quarta-feira, dia 28 de julho, o reitor João Grandino Rodas participou, junto com a princesa da Jordânia, Muna Al-Hussein, da abertura da 8ª Conferência da Rede Global de Centros Colaboradores da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Enfermagem e Obstetrícia, que aconteceu no Sheraton WTC Hotel, na cidade de São Paulo. O tema central foi Atenção Primária à Saúde: várias perspectivas, uma meta, e contou com a presença de líderes nacionais e internacionais na área da saúde, e a participação de profissionais de mais de 20 países.
Primeira vez no Brasil
A secretária da Rede Global de Centros Colaboradores da OMS para Enfermagem e Obstetrícia, Isabel Amélia Costa Mendes, professora da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), iniciou a cerimônia destacando o fato de o Brasil sediar a Conferência pela primeira vez, que tem o objetivo de discutir as diretrizes nacionais e internacionais na enfermagem e obstetrícia.
Após as boas-vindas da secretária, foram exibidos dois vídeos, o primeiro com mensagens da diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Mirta Rosses, na qual ressaltou a importância dos países melhorarem o saneamento básico, pois isto interfere nas condições de saúde e desenvolvimento humano; e o segundo da diretora-geral da OMS, Margaret Chan, lembrando que a preocupação da atenção primária é um tema da OMS há muito tempo.
Trabalhar em colaboração
O reitor João Grandino Rodas disse ser uma grande honra colaborar com a organização e realização desta 8ª Conferência e que, assim como os Centros Colaboradores da OMS, “as Universidades precisam também trabalhar em colaboração para resolver questões”. O representante do Ministério da Saúde, José Luiz Telles, destacou que o direito à saúde se refere também aos direitos sociais, como habitação, melhores salários, por exemplo.
Depois, a princesa da Jordânia e mãe do rei Abdullah II, Muna Al-Hussein, em sua primeira visita ao Brasil, falou sobre Saúde e desenvolvimento humano: As metas de desenvolvimento do milênio e a renovação da atenção primária à saúde. A princesa, que também é presidente do Conselho de Enfermagem do país árabe e representante do setor de enfermagem na OMS, disse que a ampliação da atenção primária à saúde pode favorecer o desenvolvimento, para o qual “os enfermeiros e obstetrizes têm papel fundamental”.
“É preciso trabalhar para termos uma mão-de-obra mais espalhada [por várias regiões] e sistemas de saúde mais sólidos, além de medir resultados e criar sistemas de avaliação”, diz a princesa, ressaltando que seu papel é fortalecer a força de trabalho na saúde, especialmente na área de enfermagem e obstetrícia. Na Jordânia, a princesa foi responsável por um grande progresso no setor de enfermagem e colabora com a capacitação de trabalhadores do setor de saúde mundial para combater doenças, por meio da educação, treinamento e desenvolvimento profissional.
A conferência também teve a apresentação do Coral da USP (Coralusp).
Encontro no COREN-SP
Pela manhã, no Centro de Aprimoramento Profissional (CAPE) do Conselho Regional de Enfermagem (COREN-SP), a pró-reitora de graduação, Telma Maria Tenorio Zorn, e a diretora da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Sílvia Helena De Bortoli Cassiani, particparam de um encontro com a princesa da Jordânia, Muna Al-Hussein.
A princesa esteve presente no CAPE para conhecer as instalações e os laboratórios destinados à educação permanente e à pesquisa científica dos profissionais de enfermagem e foi homenageada pelo Conselho por seus trabalhos realizados na área da enfermagem.
Na ocasião, o presidente do COREN-SP, Claudio Alves Porto, também apresentou um panorama sobre a enfermagem no Brasil. A pró-reitora de graduação fez um breve perfil da USP e da presença do curso de enfermagem na Universidade, que tem atualmente mil alunos matriculados nas Unidades de São Paulo e Ribeirão Preto, e forma em média 300 enfermeiros por ano.