Pró-reitor de Graduação reafirma compromisso com valorização docente

Reconduzido ao cargo de pró-reitor de Graduação para os próximos dois anos, Antonio Carlos Hernandes reitera o compromisso de promover e consolidar as ações para a valorização da atividades de ensino de Graduação.

 18/03/2016 - Publicado há 8 anos
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A Sala de Imprensa inicia uma série de entrevistas com os novos pró-reitores da Universidade, que foram homologados na sessão do Conselho Universitário, no dia 1º de março

Reconduzido ao cargo de pró-reitor de Graduação para os próximos dois anos, Antonio Carlos Hernandes reitera o compromisso de promover e consolidar as ações para a valorização das atividades de ensino.

Perfil PRG2
Nos próximos dois anos, a Pró-Reitoria espera consolidar as ações desenvolvidas para valorizar a atividade de ensino e continuar a discutir as formas de ingresso na Universidade, com o objetivo de alcançar a meta de 50% de alunos ingressantes oriundos de escola pública até 2018

À frente da Pró-Reitoria da Graduação desde 2014, Hernandes, que é professor do Departamento de Física e Ciências dos Materiais do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), espera consolidar as ações já desenvolvidas e implantadas com o objetivo de valorizar a atividade de ensino, como os simpósios e congressos de Graduação, os Centros de Aperfeiçoamento Docentes (CADs) e o processo de avaliação de docentes, que está sendo testado em algumas Unidades da USP.

Para o pró-reitor, “um dos pontos mais importantes a ser discutido no próximo biênio é a definição de uma nova estrutura da carreira, que deverá envolver a avaliação docente. O docente que prefere se dedicar mais ao ensino que à pesquisa não deve ter menos possibilidades para ascender na carreira. O assunto já está sendo debatido, mas a definição dependerá do Conselho Universitário”.

Processo de ingresso e inclusão social

Outro aspecto importante para a Pró-Reitoria nos próximos dois anos é a avaliação dos resultados alcançados pelas medidas adotadas de alteração da bonificação para alunos oriundos de escolas públicas e a adesão ao Sistema de Seleção Unificado (SiSU).

“Até o final de abril devemos ter os dados consolidados da Fuvest e do SiSU. A partir daí, poderemos definir como iremos caminhar em relação ao sistema de ingresso. Provavelmente, teremos de realizar muitos ajustes operacionais para o próximo ano”, afirma o pró-reitor.

Hernandes adianta que, “embora os dados ainda não estejam totalmente compilados, a princípio, a resposta que tivemos das Unidades é bastante positiva e a expectativa é que haja um aumento de vagas oferecidas. É claro que o processo ainda está sujeito a discussões, mas nosso principal objetivo é criar condições para atingirmos a meta de 50% de alunos ingressantes oriundos de escola pública até 2018”.

Modernização dos cursos de graduação

A terceira diretriz para o próximo biênio é a modernização dos cursos de Graduação. De acordo com o pró-reitor, desde dezembro de 2014 as Unidades passaram a ter autonomia acadêmica e pedagógica para atualizar e modernizar seus cursos, reduzindo os entraves burocráticos que dificultavam as reformas na estrutura curricular. As Unidades também estão sendo incentivadas a discutir a adoção de metodologias inovadoras e a criar mecanismos para a redução da desvinculação de seus alunos.

“A ideia é que as Unidades reflitam sobre seus cursos, sobre os motivos que levam alguns alunos a desistirem dos cursos, sobre o número de vagas oferecidas e sobre a possibilidade de remanejar as vagas em excesso para cursos cuja demanda seja maior, ou mesmo para a criação de novos cursos. A modernização deve ser uma preocupação contínua da Universidade e deve ser construída por todos”, explica.

Hernandes também considera que a modernização é um processo que acontece em vários níveis. Tem que acontecer dentro da sala de aula, com o uso de novas tecnologias; nas Unidades, com a análise dos índices de desvinculação dos alunos de seus cursos e a adoção de medidas para diminuir esses índices; e na Universidade como um todo, com a avaliação das necessidades da sociedade.

“A USP tem o compromisso de oferecer oportunidades ao povo paulista. Devemos ter a flexibilidade para, se uma carreira não está muito em evidência no momento, manter o curso, mas ajustá-lo à demanda real. A Universidade precisa estar na dianteira e levar a inovação para a sociedade. Já fazemos isso com a pesquisa, agora temos de fazer isso também na Graduação”, conclui.

(Fotos: Ernani Coimbra)


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