O Palácio dos Bandeirantes realiza, entre os dias 19 de maio e 2 de agosto, a exposição “Vida após a Vida – Testemunhos da Passagem” que reúne obras pertencentes ao acervo do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da Universidade de São Paulo.
A mostra reúne 37 objetos relacionados a rituais de homenagem aos mortos, organizados em quatro módulos: funeral entre os índios Bororo; o Quarup (ritual para homenagear os mortos) entre as sociedades do Parque Indígena do Xingu; os sepultamentos na tradição arqueológica brasileira Marajoara; e o Egito na época faraônica.
Segundo o diretor do MAE, José Luiz de Moraes, metade desses objetos fazem parte da Coleção de Edemar Cid Ferreira, da qual a Universidade ficou com a responsabilidade da guarda do acervo.Entre as peças, destacam-se um sarcófago egípcio, urnas funerárias, máscaras, além de adornos como colares, viseiras de penas e brincos emplumados. “A Vida após a Vida” será aberta para convidados e imprensa no dia 18 de maio, Dia Internacional dos Museus.
A coordenadoria do Acervo dos Palácios do Estado organizou a exposição como parte da programação oficial da Semana Nacional dos Museus, que, este ano, tem como tema “Museus e Turismo”. A coordenadora da mostra, professora Marília Xavier Cury, do MAE, ressalta que a exposição tem como objetivo promover a diversidade e valorizar a diferença a partir das maneiras como culturas celebram os seus mortos. Cury enfatiza ainda que “a mostra visa a destacar a capacidade dessas culturas de transformar cerimônias fúnebres em situações especiais de unificação grupal, de continuidade entre passado, presente e futuro e de incorporação dos antepassados no projeto de construção da memória e identidade”.
Para a curadora do Acervo dos Palácios, professora Ana Cristina Carvalho, sediar esta exposição é trazer valiosas possibilidades de fruição para os visitantes do Palácio dos Bandeirantes, que são, em sua maioria, alunos de escolas das redes pública e particular. “Possibilidades de reflexão sobre a vida, sobre as relações com as memórias pessoal e coletiva, e o respeito às diferentes formas de encarar o tema, mesmo que ele possa parecer estranho”, afirma.
Mais informações podem ser obtidas através do telefone (11) 2193-8282.
(Com informações de Levino Ponciano, da Assessoria de Comunicação do Acervo do Palácio)