Homenagem, música e seminário na comemoração em Pirassununga

 24/10/2008 - Publicado há 15 anos
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O campus de Pirassununga realizou nesta quinta-feira, dia 23 de outubro, no anfiteatro central, diversas atividades alusivas aos 75 anos da Universidade de São Paulo, que, em 25 de janeiro de 2009, completará seu aniversário de fundação. 

 

Ao abrir as atividades comemorativas, o diretor da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA), Holmer Savastano Junior, apresentou uma breve história do campus da USP em Pirassununga. 

 

Em continuidade, o vice-reitor da Universidade, Franco Maria Lajolo, afirmou que o grande ideal da USP é aumentar o número de vagas e cursos, servindo cada vez mais à sociedade. “Eu queria dizer que é uma honra estar aqui presidindo este evento que homenageia os 75 anos da USP, promovido pela Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, a nossa FZEA”, disse.

 

Lajolo fez um apanhado dos aspectos históricos e culturais que levaram à criação da USP, da mesma forma que mostrou conhecer muito bem as atividades desenvolvidas pela FZEA. Criada em 1934, por decreto do então governador Armando de Salles Oliveira, a Universidade foi certamente a mais emblemática expressão de um projeto de modernização econômica, política e cultural do país, e particularmente de São Paulo, naquele período.

 

“É importante destacar que a USP nasceu num ambiente de grande efervescência cultural, de transformação no campo das idéias e da estética – abrangendo principalmente a literatura, o teatro, as artes plásticas em geral -, deflagrada pela famosa Semana de Arte Moderna de 1922. Setenta e cinco anos depois, a USP é hoje uma das mais importantes instituições de ensino e pesquisa do mundo, e a melhor posicionada na América Latina”, refletiu o vice-reitor.

Falaram também na abertura das comemorações dos 75 anos da USP, em Pirassununga, o prefeito do Campus,

Marcelo Machado De Luca de Oliveira Ribeiro,  e o prefeito do município, Ademir Alves Lindo.

Música e exposição

Ainda na parte da manhã, duas outras atividades completaram a cerimônia de abertura. De início, alunos do Departamento de Música da USP

em Ribeirão Preto (Escola de Comunicações e Artes) fizeram uma apresentação marcada pela sobriedade, além da inequívoca qualidade dos três jovens: o pianista Paulo Meireles, o cantor Jean William e o violonista Marco Papa.

Depois, foi inaugurada uma rica Exposição de Fotos Históricas do Campus de Pirassununga, muitas delas registradas originalmente há mais de 50 anos.

Seminário

A parte da tarde foi reservada, em sua quase totalidade, ao Seminário “USP: 75 anos de Ensino, Pesquisa e Extensão”, com a apresentação das palestras O Patrimônio Cultural e a Universidade, pelo ex-pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária, Adilson Avansi de Abreu, e Planejando o Futuro: USP 2034, com o presidente da Comissão de Planejamento da USP, Glaucius Oliva.

Adilson Avansi de Abreu fez uma consistente reflexão acerca do papel da Cultura e Extensão e de como ela foi construída, em função de outras experiências, incorporando à sua análise diversas questões sobre o ambiente cultural no país, em especial ao tratamento dispensado ao nosso patrimônio histórico. Acrescente-se que Abreu, ao tratar do tema O Patrimônio Cultural e a Universidade, transitou por quase três séculos de representatividade simbólica sociocultural de São Paulo e do país. 

Já Glaucius Oliva fez um minucioso balanço das reflexões empreendidas no workshop “Planejando o Futuro: USP 2034”, realizado em dois módulos nos dias 3 e 4 de setembro e 14 e 15 de outubro, também inserido nas comemorações dos 75 anos da Universidade.

Oliva lembrou que o mundo real interfere decisivamente no ambiente acadêmico. Como exemplo, explicou que o orçamento da USP é fruto dos impostos cobrados de todos os cidadãos, de todos os estratos sociais, no Estado de São Paulo, e que isso impõe rigorosas responsabilidades à Universidade. De outra parte, lembrou que, no momento da realização do Módulo I do workshop, “não se poderia imaginar que uma crise econômica mundial de grandes proporções estava se formando”, o que certamente interfere nas avaliações e planejamento.

O docente enfatizou também que uma universidade de classe mundial é intensiva em pesquisa e que a USP tem um corpo docente moderno, organizado não só dentro do seu laboratório temático específico. “Portanto, o futuro da pesquisa em grandes universidades de classe mundial é que ela se organiza em forma de redes, frequëntemente multidisciplinares, com parcerias internacionais, e foco em problemas do mundo real”.

Música, novamente

Encerrados os debates do Seminário “USP: 75 anos de Ensino, Pesquisa e Extensão”, a hora era novamente de música, dessa vez com a apresentação da cantora Thays Montero, que levou sua apresentação quase todo o tempo em ritmo dançante.

Em tom de avaliação dos resultados, o vice-reitor Franco Lajolo avaliou que as ações em Pirassununga foram muito importantes e que estava muito satisfeito em estar presente nos eventos. “Estou ligado a essa escola umbilicalmente, porque eu fazia parte da comissão original que estudou a implementação da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos”, contou Lajolo.  

Clique aqui e veja a galeria de imagens das comemorações em Pirassununga.


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