Dirigentes discutem projetos da Universidade para 2017

Além dos novos projetos previstos para o próximo ano, também foram discutidos temas relacionados à gestão administrativa da USP. O encontro foi realizado no dia 16 de dezembro, no campus de Piracicaba.

 19/12/2016 - Publicado há 7 anos
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A 13ª edição da reunião contou com a presença de diretores, vice-diretores e representantes de Unidades de Ensino e Pesquisa, Institutos, Museus e Órgãos da Universidade.

Além dos novos projetos previstos para o próximo ano, também foram discutidos temas relacionados à gestão administrativa da USP

“Vamos fazer um balanço do que já foi feito e preparar as engrenagens para o próximo ano”. Assim, o reitor Marco Antonio Zago deu início à 13ª edição da reunião dos dirigentes da Universidade, que foi realizada no campus de Piracicaba, no dia 16 de dezembro. O evento contou com diretores, vice-diretores e representantes de Unidades de Ensino e Pesquisa, Institutos, Museus e Órgãos da Universidade.

Em seguida, o vice-reitor da Universidade, Vahan Agopyan, deu duas notícias importantes aos presentes. A primeira delas diz respeito à “Semana 8 de março com Arte”, organizada pelo Escritório USP Mulheres em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. As Unidades estão sendo convidadas a participar da Semana por meio do desenvolvimento de atividades próprias alusivas ao tema.

A segunda notícia foi referente à avaliação institucional. Agopyan explicou que foi formado um grupo de trabalho para compilar os resultados do 4º Ciclo de Avaliação Institucional da USP de 2010 a 2014, cujo resumo foi publicado no documento “Contribuições para a Gestão”, distribuído aos dirigentes. O relatório completo, com a análise do grupo, está sendo finalizado e deverá ser entregue à nova Comissão Permanente de Avaliação.

“O que fazemos com o dinheiro?”

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A segunda parte da reunião foi dedicada à apresentação do reitor, que teve como tema “O que fazemos com o dinheiro?”

A segunda parte da reunião foi dedicada à apresentação do reitor, que teve como tema “O que fazemos com o dinheiro?”. Zago iniciou sua fala ressaltando as posições de destaque alcançadas pela Universidade nos principais rankings nacionais e internacionais de instituições de ensino superior.

Outro tema abordado foi a evolução nos índices relacionados à inclusão social na USP, decorrente das ações do Programa de Inclusão Social (Inclusp), voltado a alunos de escolas públicas, e da adoção do Enem como nova forma de acesso aos cursos de graduação. Com o aumento da inclusão, os gastos com os programas voltados à permanência estudantil também têm aumentado: em 2016, a USP tem investido quase R$ 200 milhões em moradia, alimentação, bolsas, etc., o que representa 4% do orçamento.

O orçamento, a evolução financeira e o comprometimento da USP com folha de pagamento foram outros assuntos que fizeram parte da apresentação. O reitor falou sobre as medidas tomadas pela Administração para restabelecer o equilíbrio financeiro da Universidade, bem como sobre as ações voltadas à reestruturação administrativa, como a implantação do novo sistema de avaliação institucional e docente.

Sobre o programa “USP do Futuro”, que visa à melhoria da gestão da Universidade e ao aprimoramento e à ampliação da relação da Instituição com a sociedade e o setor produtivo, o dirigente apresentou os dados referentes à fase de diagnóstico, desenvolvida pela consultoria McKinsey. Os custos do programa estão sendo pagos, em forma de doação, por um pool de ex-alunos da Universidade.

Também foram apresentados dois dos projetos resultantes da conclusão dessa primeira fase do programa.

Mobilidade

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A superintendente de Gestão Ambiental da Universidade, Patrícia Faga Iglecias Lemos, falou sobre o projeto Mobi USP

Um desses projetos é o Programa de Mobilidade – Mobi USP, que foi apresentado pela superintendente de Gestão Ambiental da Universidade, Patrícia Faga Iglecias Lemos, e que prevê o desenvolvimento de ações na área de integração de modais, de compartilhamento de veículos e de bicicletas e de desestímulo ao uso do automóvel.

Segundo Patrícia, está prevista a construção de bicicletários e parklets [ampliações temporárias do passeio público, realizadas por meio da implantação de plataformas sobre as áreas de estacionamento nas vias públicas, e que podem ser equipados com bancos, floreiras, mesas e cadeiras ou outros elementos de mobiliário], além do desenvolvimento de aplicativos e de campanhas educativas.

A superintendente também falou sobre a política ambiental da Universidade, que estabelece práticas e atitudes sustentáveis em 11 áreas de atuação: Águas e Efluentes; Energia; Redução de Emissões de Gases do Efeito Estufa e Gases Poluentes; Resíduos Sólidos; Uso e Ocupação Territorial; Áreas Verdes e Reservas Ecológicas; Fauna; Edificações Sustentáveis; Mobilidade; Educação Ambiental; e Sustentabilidade na Administração.

Endowment

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A criação do fundo patrimonial ou endowment na USP foi o tema da apresentação do prefeito do campus de Ribeirão Preto e professor da FMRP, Américo Ceiki Sakamoto

O prefeito do campus de Ribeirão Preto e professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Américo Ceiki Sakamoto, falou sobre a criação do fundo patrimonial ou endowment na USP.

O endowment é um fundo constituído por doações feitas a uma instituição e aplicado no mercado financeiro para criar um patrimônio e gerar rendimentos contínuos, que podem ser usados para o financiamento de projetos e bolsas de estudo.

A proposta é que o fundo a ser criado na USP siga o exemplo do programa desenvolvido pela Harvard University, que atingiu, em junho deste ano, a marca de US$ 35,7 bilhões.

Algumas Unidades de Ensino e Pesquisa da USP já possuem endowments. Em 2012, a Escola Politécnica lançou a iniciativa “Amigos da Poli”; o Fundo Patrimonial da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) existe desde 2014; e o endowment da Faculdade de Medicina foi criado em outubro deste ano. Além disso, foi criado o portal Alumni USP, que tem o intuito de reunir os antigos alunos de Graduação e de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) da Universidade.

Sakamoto, que é o coordenador do projeto, destacou que, para criar o endowment, é preciso que haja alguns elementos viabilizadores, dentre eles, a criação de uma legislação federal específica. Segundo ele, a proposta é que o fundo possa gerar receita de até R$ 45 milhões por ano para a Universidade.

Recursos humanos

Outros temas abordados durante a reunião foram referentes à área de recursos humanos, incluindo o gerenciamento do ponto eletrônico de frequência dos servidores técnicos e administrativos, o Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV), a definição das estruturas organizacionais e a contratação de novos docentes.

Durante toda a reunião, os dirigentes tiveram a oportunidade de debater os assuntos apresentados, bem como outras pautas de interesse.

(Fotos: Ernani Coimbra)


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