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Prédios do Crusp passam por reforma e impermeabilização da cobertura
Para resolver os problemas crônicos de vazamento e infiltração, seis prédios do Crusp terão a cobertura impermeabilizada e o sistema de tubulação reestruturado
Impermeabilização das coberturas e a reestruturação do sistema de tubulação - Foto: prip.usp.br
Dando continuidade ao plano de reforma do Conjunto Residencial da USP (Crusp), a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (Prip) e a Superintendência do Espaço Físico (SEF) iniciaram o processo de impermeabilização das coberturas e a reestruturação do sistema de tubulação de seis prédios que compõem o conjunto.
A obra já teve início e está sendo executada nos Blocos F e C, escolhidos como prioridade por apresentarem as piores condições na manta de impermeabilização e problemas crônicos de infiltrações nos apartamentos. Como explica o arquiteto responsável pela reforma, Artur Duarte, “alguns prédios do Crusp não passavam por uma grande reforma desde a década de 1980 e, com os anos, problemas de infiltração tornaram-se crônicos e estão entre as principais queixas dos estudantes. Essa obra tem a premissa de não apenas impermeabilizar, mas de mudar o sistema de coleta de águas pluviais, e isso é uma grande melhoria para os moradores”.
O processo foi dividido em duas etapas. Na primeira, é realizada a demolição da estrutura atual das lajes, construção de um novo contrapiso e aplicação das mantas asfálticas de impermeabilização. Para verificar se há falhas na impermeabilização, é realizado um teste de estanqueidade que cobre a laje de água por 72h para verificar se há vazamento. Após aprovação da obra no teste, é aplicada uma camada de cimento para proteção na cobertura.
A segunda etapa é a readequação da tubulação de coleta de águas pluviais. Atualmente, a inclinação das lajes faz com que a água da chuva se concentre acima dos apartamentos e a tubulação para o escoamento da água está localizada dentro dos pilares presentes nos dormitórios. Por ser antiga, essa estrutura causa, com frequência, vazamentos e infiltrações nos quartos, além de dificultar a manutenção.
Para resolver o problema, a inclinação da laje será mudada para o sentido do corredor e um novo sistema tubulação será instalado. Além disso, uma nova rede de captação será construída no térreo para escoar a água até as galerias localizadas na rua.
Por ser uma obra complexa, a previsão para finalização de cada bloco é em torno de dois meses, lembrando que as condições meteorológicas podem atrasar o andamento dos trabalhos.
Conjunto Residencial da USP
Localizado na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, o Crusp é formado por oito blocos, com capacidade para abrigar cerca de 1.600 estudantes de graduação e pós-graduação da USP. Atualmente, os apartamentos possuem três quartos individuais, uma sala comum, banheiro e pia, e os prédios também são equipados com cozinhas e lavanderias compartilhadas.
As vagas são destinadas a alunos com dificuldades socioeconômicas e geridas pela coordenadoria Vida no Campus, da PRIP. O Programa de Permanência Estudantil da Universidade concede suporte à moradia para aproximadamente 15 mil estudantes, sendo oferecidas 2.700 vagas em moradia estudantil, como o Crusp, e 12.300 auxílios integrais, no valor de R$ 800. Os estudantes com vaga nas moradias também recebem um auxílio parcial, no valor de R$ 300.
No ano passado, teve início um grande plano de reformas para a melhoria da qualidade das moradias estudantis. Desde então, todos os blocos já passaram por um processo de descupinização, tiveram um novo sistema de interfone instalado, ganharam colchões e mobiliário novos, entre outras ações.
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