
Apoiar o desenvolvimento dos projetos voltados para o empreendedorismo sustentável, o fortalecimento do turismo e a melhoria da qualidade de vida da população. Esses são alguns dos objetivos do trabalho que pesquisadores da USP irão desenvolver na cidade de Ibitinga.
Para formalizar a parceria, o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior foi até o interior paulista, no dia 14 de abril, para assinar um convênio com a Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibitinga, representada pela prefeita Cristina Arantes.
“Temos três principais diretrizes nesta gestão: a permanência estudantil, garantindo que os estudantes que ingressaram por meio de políticas de inclusão tenham as mesmas condições daqueles que entraram pela ampla concorrência; a inovação, ou seja, a transferência do conhecimento gerado na Universidade para a sociedade, em forma de políticas públicas, produtos e mudanças sociais; e o desenvolvimento sustentável. Este convênio abrange muito bem essas três vertentes”, explicou o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior.
Para a prefeita Cristina Arantes, “a continuidade dos trabalhos que são desenvolvidos em parceria com a USP desde 2019 contribuirá para a nossa Ibitinga. Quero mencionar quatro iniciativas que merecem destaque: a construção de uma usina fotovoltaica; o desenvolvimento do turismo ecológico e fluvial; a economia circular, baseada na reciclagem de resíduos gerados pela indústria do bordado; e a melhoria da qualidade de vida dos nossos espaços públicos, com projetos voltados para o esporte”.
O documento prevê um investimento de R$ 60 mil por parte da Prefeitura de Ibitinga, para o pagamento de bolsas a estudantes de graduação da USP que atuarão no desenvolvimento dos projetos e na organização de cursos, palestras e outras atividades de treinamento dos profissionais locais.
Também prestigiaram a cerimônia o vice-prefeito de Ibitinga, Frauzo Ruiz Sanches; o coordenador-executivo do Gabinete do Reitor, Edmilson Dias de Freitas; o diretor-executivo da Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (Fusp), Marcílio Alves; a vice-diretora do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, Roseli de Deus Lopes; a coordenadora-geral da iniciativa, Wanda Maria Risso Günther; o coordenador-executivo Marcelo José Chueiri; o presidente da Câmara Municipal de Ibitinga, Adão Ricardo Vieira do Prado; o prefeito de Itápolis e presidente do Consórcio Intermunicipal do Centro do Estado de São Paulo, Vladimir do Carmo Reggiani; pesquisadores da USP e prefeitos e representantes de cidades vizinhas.
Aproveitando a visita à região, o reitor também conversou com os prefeitos das cidades que compõem o Consórcio Intermunicipal do Centro do Estado de São Paulo (Cicesp) – Borborema, Iacanga, Ibitinga, Itápolis, Novo Horizonte, Pirajuí, Pongaí e Tabatinga – sobre a oportunidade de desenvolver políticas públicas conjuntas.

Cidades Globais
Desde 2019 a USP desenvolve projetos voltados para o desenvolvimento sustentável no município de Ibitinga. O convênio assinado no dia 14 de abril reforça a parceria da USP com esse município, desta vez no âmbito do Programa Cidades Globais – USP Municípios Sustentáveis, do Instituto de Estudos Avançados.
A professora do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) e pesquisadora do IEA, Wanda Maria Risso Günther, coordenadora-geral da iniciativa, explicou os cinco eixos que constituem o projeto: criação e implantação do Centro Municipal de Inovação a partir da disseminação do empreendedorismo sustentável; valorização e fortalecimento da vocação turística sustentável de estância turística de Ibitinga; melhoria da qualidade de vida da população através do fomento do esporte e do lazer; diagnóstico e propostas para utilização de resíduos sólidos têxteis visando à produção de novos produtos; e diagnóstico e propostas sobre a geração e destino das diferentes tipologias de resíduos sólidos produzidos nas atividades socioeconômicas do município.
O Centro de Síntese USP Cidades Globais do IEA foi lançado em 2016, com a proposta de reunir e articular grupos de pesquisa da Universidade e colaboradores externos que possam desenhar propostas para a melhoria da qualidade de vida nas regiões metropolitanas.