A USP foi sede do lançamento do relatório “Inovação e Empreendedorismo nas Instituições de Ensino Superior”, resultado de uma colaboração entre a Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Santander. A cerimônia foi realizada no dia 4 de outubro, na Sala do Conselho Universitário, no prédio da Reitoria.
A publicação analisa como a USP e mais 10 instituições de ensino superior de seis países da América Latina – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Uruguai – apoiam o desenvolvimento do empreendedorismo e da inovação em seus ecossistemas; destaca as boas práticas e estratégias de promoção dessas áreas nas universidades; e a iniciativas de colaboração com o governo e as empresas.
Dentre as principais conclusões do estudo, apresentadas pela analista política do Centro de Empreendedorismo da OCDE, Maria Sobron Bernal, estão a preocupação das universidades em incluir disciplinas ligadas a empreendedorismo e inovação nos currículos dos cursos; a definição de estratégias de transferência do conhecimento que atendam às necessidades dos ecossistemas locais; e o apoio institucional para a criação de startups.
Conhecimento e criatividade
O pró-reitor de Pesquisa e Inovação da USP, Paulo Nussenzveig, foi o anfitrião do encontro e deu as boas-vindas aos participantes. “Como todos já sabem, nesta manhã, foram anunciados os ganhadores do Prêmio Nobel em Física [Alain Aspect, John F. Clauser e Anton Zeilinger], que desenvolveram estudos na minha área, que é a física quântica”, afirmou o pró-reitor. Os ganhadores do Prêmio Nobel desenvolveram experimentos inovadores usando o chamado entrelaçamento quântico.
“Este é um exemplo de como as universidades são importantes nesse processo de inovação. Hoje em dia, temos uma grande indústria na área de tecnologia de informação quântica, uma corrida para construir computadores quânticos práticos, para construir redes de comunicações quânticas seguras, para construir sensores altamente sensíveis para todos os tipos de aplicações. Esse casamento entre conhecimento básico e criatividade para ajudar a sociedade é a base da inovação”, destacou Nussenzveig.
Para o diretor da Unidade de Educação e Competências para o Empreendedorismo da OCDE, Raffaele Trapasso, o grande desafio para conduzir a elaboração do relatório no período da pandemia da covid-19 foi o fato de que as atividades tiveram de ser desenvolvidas de forma 100% on-line.
O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, ressaltou que, hoje, há na Universidade “o compromisso com a inovação”, mencionando a recente iniciativa de incorporação do termo Inovação na denominação da Pró-Reitoria de Pesquisa e o fomento às parcerias entre a USP e o setor produtivo.
Também participaram do lançamento a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Zeina Latif; o vice-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, Ronaldo Aloise Pilli; o representante do Santander Universidades, Nicolas Vergara; e o coordenador da Agência USP de Inovação, Luiz Henrique Catalani.
Após a cerimônia de abertura, foram realizados dois paineis de discussão. O primeiro deles debateu a questão da educação voltada ao empreendedorismo e as práticas adotadas nas instituições. O segundo painel foi sobre transferência do conhecimento e colaboração no ensino superior.
Assista, a seguir, à íntegra do evento.
