
Logotipo dos 60 anos do IEB – Foto: Reprodução
No dia 20 de junho de 1962, há exatos 60 anos, o Conselho Universitário da USP aprovava a criação do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), tendo o historiador Sérgio Buarque de Holanda como seu primeiro diretor.
Como parte das comemorações, uma solenidade realizada na tarde desta terça-feira voltou a reunir dirigentes, pesquisadores e servidores e alunos do IEB na Sala do Conselho Universitário. “A USP cristalizou um projeto moderno e modernista e o IEB é fruto disso. O Instituto representa uma visão grandiosa, de intelectuais como Sérgio Buarque de Holanda e Antonio Candido, do que deveria ser uma universidade voltada para a cultura e para as pesquisas na sua forma mais direta”, lembrou a vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda.
A vice-reitora também ressaltou que “não se constrói uma universidade de fato sem um setor cultural pujante. Todas as grandes universidades mundiais são responsáveis por uma riqueza cultural. O IEB é uma joia da USP porque detém um acervo com uma diversidade muito difícil de ser encontrada, e a Universidade tem a responsabilidade de preservar esse acervo”.
![[A partir da esquerda] Telê Ancona Lopez, Maria Arminda do Nascimento Arruda, Diana Gonçalves Vidal e Flavia Camargo Toni - Foto: Cecília Bastos/USP Imagens](https://i0.wp.com/jornal.usp.br/wp-content/uploads/2022/06/20220622_ieb1.jpg?fit=1200%2C630&ssl=1)


Além da solenidade, as comemorações também incluem a criação de um logotipo para representar os 60 anos do Instituto, o lançamento de um vídeo comemorativo sobre a história do IEB e do livro Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae, que deve acontecer no começo de julho, na página dedicada às comemorações.
“Quando Flavia e eu assumimos a direção do Instituto, tínhamos claro que 2022 seria, simultaneamente o ano de nossa despedida da gestão e de comemoração de duas importantes efemérides: os 100 anos da Semana de 1922 e os 60 anos do IEB. Naquele momento, nem imaginávamos a torrente que viria nos anos seguintes com a pandemia, obrigando o Instituto e todos nós a nos reinventarmos”, explicou a diretora do IEB, Diana Gonçalves Vidal.
Também participaram da cerimônia a vice-diretora Flávia Toni; o gestor cultural Ricardo Ohtake, representando os herdeiros dos acervos; a professora emérita do Instituto, Telê Ancona Lopez; o ex-diretor Antonio Dimas; a professora Inês Gouvea; a servidora Maria Cristina Pires da Costa; e a aluna de mestrado, Cristiane Avelar
A seguir, assista à íntegra da cerimônia.
Pensando o Brasil
Idealizado por Sérgio Buarque de Holanda, o Instituto de Estudos Brasileiros é um centro multidisciplinar de pesquisas e documentação sobre a história e as culturas do Brasil. Tem como desafio fundador a reflexão sobre a sociedade brasileira, envolvendo a articulação de diferentes áreas das humanidades.
Pensado como instituição interdisciplinar no campo das Ciências Humanas, o IEB tem sob sua responsabilidade a guarda e a manutenção de um acervo excepcional formado por um conjunto de fundos pessoais, constituídos em vida por artistas e intelectuais brasileiros, com manuscritos originais de nomes decisivos para nossa cultura, livros raros e obras de arte.
Essas coleções formam um conjunto de caráter único, que recebe periodicamente novas aquisições, seja através de doação ou por meio de compra, e está distribuído entre o Arquivo, a Biblioteca e a Coleção de Artes Visuais.