Tomaram posse, no dia 17 de agosto, os novos dirigentes de três unidades de ensino e pesquisa do campus da USP em São Carlos: Instituto de Física de São Carlos (IFSC), Instituto de Química de São Carlos (IQSC) e Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC).
A cerimônia, que reuniu dirigentes da Universidade, alunos, professores e servidores técnicos e administrativos do campus, além de autoridades políticas e universitárias, foi promovida na sede do São Carlos Clube, no centro da cidade.
A abertura do evento contou com a apresentação do pianista Sérgio Alberto de Oliveira e da solista Patrícia Cari, que executaram o Hino Nacional brasileiro.
Os primeiros dirigentes a tomar posse foram o diretor do IFSC, Vanderlei Salvador Bagnato, e o novo vice-diretor, Igor Polikarpov. Bagnato deu início a seu discurso falando sobre o simbolismo do evento. “Esta cerimônia de posse conjunta sinaliza a integração das unidades do campus. Nossos propósitos, nossa determinação e nossos esforços serão conjuntos. Queremos realizar juntos, crescer juntos e sustentar uns aos outros. O campus de São Carlos brilhará ainda mais na constelação da Universidade de São Paulo”, afirmou.
“Estamos assumindo com a obrigação de melhorar o que já está bom. Para isso, contaremos com todos os funcionários e colegas de cada instituto para termos certeza que nossas forças serão amplificadas. Trabalharemos com valores norteados por alguns princípios: ética profissional, lisura em todas as atividades e transparência nos atos acadêmicos e administrativos, pluralismo para aceitar todos os pontos de vista e poder conviver com a opinião diversa e comprometimento com todos aqueles os quais estaremos dirigindo, de forma a produzirmos o melhor possível em termos de preparo para o exercício da cidadania e para o avanço do conhecimento na área da Física”, considerou.
Unidos pelo bem comum
Já no IQSC, foram empossados o novo diretor, Emanuel Carrilho, e o novo vice-diretor, Hamilton Brandão Varela de Albuquerque. Em seu discurso, Carrilho falou sobre o orgulho de se tornar diretor “da casa onde se formou”. Em seguida, o dirigente contou, de forma bem-humorada, sobre sua trajetória acadêmica e profissional. “Quero que o IQSC seja o melhor do País, porque, assim, nós também seremos os melhores”, destacou.
Segundo ele, o plano de sua gestão para os próximos quatro anos tem como base “a excelência acadêmica, a responsabilidade no trato da coisa pública e a inovação das práticas de gestão e está fundamentado em três eixos: estabelecer uma cultura de planejamento de longo prazo, reforçar a visibilidade extramuros do IQSC e transparência e participação de todos”.
“A USP urge por se definir perante a sociedade se a nossa vocação é de excelência acadêmica, destinada a formar uma elite intelectual, ou será um papel social de ser abrangente, inclusiva e buscará cobrir as falhas da educação básica que o País não pôde sanar. Temos que buscar um norte”, ponderou.
Valor do conhecimento
A nova diretora do ICMC, Maria Cristina Ferreira de Oliveira, ressaltou que aquela era uma ocasião para celebrar o valor do conhecimento e da educação para a sociedade. “O conhecimento é fator central para atuar nesse cenário [das demandas provenientes das novas tecnologias] de modo a superar desafios, inovar e garantir um futuro melhor e mais inclusivo para toda a sociedade brasileira. O ICMC tem muito a contribuir. As ciências matemáticas e da computação oferecem a base e o meio para avanços em todos os segmentos da atuação humana. A matemática é o pilar fundamental da ciência e do desenvolvimento tecnológico”, avaliou.
Para Maria Cristina, “nossa responsabilidade é maior na medida em que formamos líderes para as próximas décadas a quem caberá fazer as transformações requeridas pela onipresença das tecnologias da informação. Precisamos, assim, formar cientistas, bacharéis, engenheiros e licenciados com habilidades para desempenhar as suas funções com competência, sabedoria e ética. Isso só pode ser feito com ensino fortemente acoplado à pesquisa, aliado ao compromisso com a transferência do conhecimento e tecnologia”.
A nova diretora também falou sobre a importância da inclusão social e da participação da Universidade na melhoria do ensino básico. “A educação tem um papel transformador na vida das pessoas e da sociedade”, salientou. Maria Cristina contou que ela e as quatro irmãs, todas nascidas em São Carlos, estudaram em escolas públicas durante o ensino básico e superior e, atualmente, as cinco atuam como professoras em universidades estaduais e federais.
O reitor da USP, Vahan Agopyan, agradeceu aos ex-dirigentes, pela dedicação na condução das atividades das unidades e, aos que estão assumindo, “por aceitarem a tarefa de administrar três importantes unidades de ensino de nossa Universidade”.
“A USP veio a São Carlos em 1953 para fazer parte deste município e conviver com a sociedade da região. Estamos orgulhosos em ter um campus com cinco instituições de renome [além do IFSC, IQSC e ICMC, o campus conta com a Escola de Engenharia de São Carlos e o Instituto de Arquitetura e Urbanismo]. Fico muito satisfeito em saber que estas unidades estão articuladas entre si para reforçar a Universidade como um todo”, comemorou o reitor.
O encerramento da cerimônia foi marcado pela apresentação do Coralusp de São Carlos.