Simpósio da USP propõe políticas públicas em educação inclusiva

No evento, que acontece nos dias 20 e 21, pesquisadores lançarão e-book gratuito com estudos que poderão auxiliar tanto profissionais da educação quanto governantes no desenvolvimento de direitos sociais no campo da educação inclusiva

 19/09/2022 - Publicado há 2 anos
Fotomontagem com imagens de Freepik por Jornal da USP

 

Nos dias 20 e 21 ocorrerá o simpósio Deficiências e Trajetórias – implicações na e para a pesquisa acadêmica, promovido pela Faculdade de Educação (FE) da USP. A iniciativa é debater pesquisas na área de educação inclusiva e o papel dos pesquisadores em educação ao promoverem práticas e metodologias de abordagem para estudantes com deficiência. 

Com realização do grupo de estudos e pesquisa Diferenças, Deficiências e Desigualdades – Intersecções no Campo da Educação, o evento propõe a utilização da trajetória de vida das pessoas com deficiência para propor metodologias no campo da educação, tanto em material acadêmico quanto na construção de metodologias direcionadas a profissionais da educação.

O simpósio será on-line e haverá duas mesas de debates nos dois dias do evento. No dia 20, serão discutidas as trajetórias como ferramenta de análise de políticas públicas. Já no dia 21, como essas mesmas trajetórias podem auxiliar na produção de pesquisas acadêmicas. Os debates acontecerão a partir das 19h30 no canal do Youtube do grupo de pesquisa.

 

E-book acessível

Ainda no dia 21 de setembro, data em que se comemora o Dia Nacional das Pessoas com Deficiência no Brasil, será lançado um e-book gratuito ao fim do simpósio. O material, publicado no Portal de Livros Abertos da USP, compõe uma das atividades do grupo de estudos e pesquisa organizador do evento, composto de pesquisadores da USP e de outras regiões do Brasil, dentre elas, da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal de Viçosa (UFV).

A ferramenta foi pensada para auxiliar tanto profissionais da educação quanto figuras políticas que desejam construir medidas de preservação dos direitos sociais para pessoas com deficiências. 

Shirley Silva – Foto: Reprodução/Fapesp

O livro digital é dividido em três seções e envolve questões como dilemas das políticas educacionais direcionadas às pessoas com deficiência, contextos e cotidianos escolares e desafios e possibilidades no entrecruzamento da deficiência enquanto vivência pessoal e objeto de pesquisa. O material é composto de entrevistas realizadas no dia a dia de pessoas com deficiências.

Para um das organizadoras do e-book e do evento, a professora Shirley Silva, da FE, “o e-book pode colaborar de forma mais ampliada com os profissionais da educação na medida em que o material pode trazer novos elementos para se compreender os cotidianos educacionais, que também são diversos e devem ser contextualizados”.

O material já se encontra disponível no Portal de Livros Abertos da USP. 

 

Grupo de pesquisa

Para os organizadores, a diversidade de pesquisadores que compõem o grupo de estudos e pesquisas demonstra o cuidado que requerem pesquisas que tomam as diferenças, deficiências e desigualdades como objeto de estudos e pesquisas. Eles têm atuado sistematicamente em pesquisas comparativas, analisando a presença de pessoas com deficiência no ensino superior e suas trajetórias, além das trajetórias educacionais de jovens e adultos com deficiência intelectual, por exemplo. 

Há algumas linhas de pesquisa sendo desenvolvidas, como o direito à educação e participação social de pessoas com deficiência. Eles se reúnem mensalmente em encontros abertos a estudantes de cursos de graduação ou pós-graduação, discutindo temáticas diversas que se relacionam com situações de deficiência.

O grupo também promove debates que relacionam a questão das deficiências a uma produção multifacetada, que tangencia questionamentos teóricos, sociais, políticos, econômicos e culturais, impactando na compreensão da educação acessível. Além de considerar os atravessamentos derivados das intersecções com as questões de gênero e raça.

Outras atividades interinstitucionais vêm sendo desenvolvidas, que vão de oferecimento de disciplinas e cursos de extensão à organização de coletâneas.

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