OAB e USP promovem fórum para discutir a intolerância religiosa no cenário político

Com o tema “Intolerância religiosa contra as religiões afro-brasileiras”, encontro buscará o enfrentamento de genocídios passados ou atuais. Pela USP participam a Faculdade de Direito (FD), o Instituto de Relações Internacionais (IRI) e a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH)

 27/09/2022 - Publicado há 2 anos
Fotomontagem: Jornal da USP com imagens de Pixabay e Mídia Ninja

 

No dia 28 de setembro, às 18 horas, acontece o Fórum Permanente sobre Genocídio e Crimes contra a Humanidade, promovido pela Escola Superior de Advocacia (ESA) Nacional, parte educacional do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com apoio do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e da Faculdade de Direito (FD), todos da USP. O encontro será transmitido ao vivo e gratuitamente em ambiente virtual Google, com os dados para acesso sendo enviados um dia antes do evento. É necessário fazer inscrição neste link.

A temática que será abordada é a Intolerância religiosa contra as religiões afro-brasileiras. Para Paulo Borba Casella, professor de Direito Internacional da FD, há uma relevância ainda maior dessa pauta antes das eleições, dado que há movimentos políticos que praticam a intolerância e discriminação com religiões, sobretudo as de matriz afro-brasileira, mostrando-se como grandes riscos à vida. 

Entre os convidados, Arthur Roberto Capella Giannattasio, professor e doutor em Relações Internacionais do IRI, Maria Luiza Tucci Carneiro, doutora em História Social da FFLCH, e Felipe Nicolau Pimentel Alamino, doutor em Direito Internacional da FD. O palestrante será Pedro Neto Inátóbí, mestrando em Antropologia na FFLCH. O evento terá mediação de Paulo Borba Casella.

Essa é a terceira edição do evento. Todos envolvem temáticas de genocídios passados ou atuais. Em 2020, no primeiro Fórum Permanente sobre Genocídio e Crimes contra a Humanidade, houve o tema Genocídio armênio, com discussões sobre perseguição e extermínio de ciganos na Europa e crimes contra a humanidade nos regimes totalitários; em 2021, a temática tratada foi Resposta à pandemia como crime contra a humanidade, com o objetivo de expor a omissão do governo federal diante do cuidado com a população em geral do Brasil, no contexto da pandemia da covid-19, sobretudo com os indígenas.

Para 2023, os organizadores esperam falar sobre a violência ao grupo LGBTI+, outro genocídio recorrente na realidade brasileira. Para isso, convidarão Erika Hilton, mulher trans que preside a Comissão de Direitos Humanos. 

Ao final do evento, os participantes receberão certificado de participação emitido pela ESA. A escola fará gravação da atividade pela plataforma Google e deixará disponível em seu site.

 

Saiba mais: www.esaoabsp.edu.br 


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