Escola Politécnica da USP segue traçando seu caminho na busca de um futuro de diversidade e inclusão

A centenária Escola Politécnica da USP, a Poli, fundada em 1893, é considerada a maior unidade de ensino em engenharia da América Latina

 12/05/2023 - Publicado há 12 meses
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Estudantes e docentes se uniram em ato na frente da Reitoria com proposta de reserva de vagas étnico-raciais. Foto – reproduçção/ Adusp

 

A Escola Politécnica da USP tem mais de um século de história. De 1893, ano em que a faculdade foi fundada, até hoje, são muitos os percursos que levaram a maior unidade de ensino em engenharia da América Latina a inserir as pautas étnico-raciais, gênero e sexualidade, e inclusão social nas políticas universitárias da unidade de ensino, pesquisa e cultura e extensão. 

Institucionalmente, a Comissão de Inclusão e Pertencimento (CIP) não completou nem um ano de existência. Apesar de recente, a criação da CIP na Poli, como é mais conhecida, o professor José Reinaldo Silva afirma ao Jornal da USP “que não há como parar esse movimento que visa atender à demanda, sobretudo, de mulheres, comunidade LGBTQIAPN+, negros, indígenas e pessoas com deficiência, grupos que ainda hoje são minorias na faculdade”. “O futuro da Poli é a diversidade!”  

A Poli em Números é um levantamento estatístico que a faculdade desenvolveu para conhecer o perfil da comunidade da instituição. Os números apresentam apenas um panorama geral da unidade na quantidade de docentes, estudantes e funcionários, separados por gênero. 

A ausência de dados separados por critérios socioeconômicos mostra-se um risco na formulação de políticas universitárias mais direcionadas na Poli – Fonte: Sistema Jupiter USP

 

Números esses que, inclusive, ano a ano vêm aumentando devido à Lei de Cotas, implantada obrigatoriamente na USP há cinco anos. Antigamente, sem a lei, as coisas não eram muito fáceis. “Entrei aqui em 1992 para fazer o doutorado. A receptividade era bem menor! E, contraditoriamente, comparado aos dias atuais, naquela época existiam mais negros na Escola Politécnica. Hoje, apesar do aumento do número de estudantes negros, eu sou o único docente negro”, lamenta José Reinaldo ao relatar, na época, a vinda para São Paulo após concluir o mestrado em Física na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 

História preta para nunca mais esquecer 

Há muitas controvérsias a respeito de quem fundou a Escola Politécnica em 1893. Se por um lado há uma história branca que merece ser lembrada, por outro há uma história preta que merece nunca mais ser esquecida. No livro que comemora 120 anos da existência da Poli não há referência alguma para Teodoro Sampaio. No jornal “O Politécnico“, do Grêmio Politécnico da escola, matéria sobre a fundação da Poli traz o título Teodoro Sampaio, Preto, Politécnico e Imortal. Participante notório na regulação da escola e no desenvolvimento dos currículos, na época, o engenheiro foi protagonista ímpar da história no século 19, mesmo sendo exceção na academia devido à cor da pele. 

Teodoro Fernandes Sampaio nasceu em 1855 em Santo Amaro, município da Bahia – Foto Reprodução – Gêmio POLI


Com uma trajetória de vida marcada por muitas experiências, o engenheiro civil foi responsável pela edificação do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Além disso, foi responsável pelo levantamento geológico do Estado de São Paulo e engenheiro-chefe da empresa Saneamento do Estado de São Paulo. À frente do seu tempo, Sampaio certamente 100 anos atrás já carregava a responsabilidade de, para além das muitas técnicas, ser um cidadão que priorizava e assegurava a diversidade por meio das suas formidáveis pesquisas, que aliavam conhecimentos indígenas e afro-brasileiros à Poli antigamente.

José Reinaldo Silva – Foto: USP


Atualmente a Poli possui 457 docentes. Desses, apenas 0,2% é negro. Nenhum indígena e nenhuma pessoa trans. No caso, o número representa o professor José Reinaldo, já que não há nenhuma docente negra na unidade. Mesmo que o docente afirme que o futuro da Poli é a diversidade, ele também comenta o quanto esse futuro ainda parece longínquo. “Comemoro a entrada de estudantes que pertencem a grupos sub-representados. Mas sei que ainda há algumas barreiras que impedem ampliar ainda mais essa participação”, diz. “A falta de uma reserva de vagas para docentes pretos, pardos e indígenas (PPI) é um dos motivos que levam esses estudantes a não se enxergarem assumindo um espaço de liderança, por carência de referência muitas vezes”, complementa o professor que, atualmente, desenvolve pesquisas na área de tecnologias, com foco em inteligência artificial.

Comissionado a assumir o cargo de diretor da CIP no dia 21 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, José Reinaldo celebra um convênio que a Poli tem desenvolvido com entidades do movimento negro, como a Universidade de Zumbi dos Palmares. A data é, para ele, também bastante significativa, uma vez que “antes mesmo de assumir a direção da comissão já lidava com as pautas de diversidade, ainda na graduação. Desde que integrei o movimento estudantil, eu sabia da minha responsabilidade em não permitir qualquer tipo de discriminação”. No ano passado, José Reinaldo e outros professores negros e negras encaminharam à Reitoria da USP uma carta exigindo reserva de vagas étnico-raciais na contratação de docentes pretos, pardos e indígenas (PPI). A carta pode ser consultada neste link.

Mulher diretora

Em mais de 100 anos de história da existência da Poli, Liedi Bernucci foi a única mulher que até hoje assumiu a direção da unidade. Exercendo o cargo durante quatro anos (2018-2022), a professora titular se tornou exemplo de protagonismo feminino para estudantes, funcionárias e docentes. “Pude sentir a alegria das mulheres que pertencem à Poli na minha eleição. Trouxe o comprometimento de dar exemplos e mostrar que nós, mulheres, podemos realizar e ascender nas carreiras, tal como os homens”, conta orgulhosa, sendo ela, hoje, presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) da USP.

Liedi Legi Bariani Bernucci – Foto: IEA

Antes mesmo de assumir o cargo, Liedi relata que as políticas de diversidade e inclusão já estavam presentes nas gestões anteriores, quando, por exemplo, na direção do professor José Roberto Castilho Piqueira (2014-2018) houve uma campanha que denunciava assédios e constrangimentos que alunas sofriam. “Na minha gestão intensificamos isso em parceria com as estudantes. Foi um marco na inclusão, pois naqueles quatro anos vi muitas chefias de departamentos e presidências de centros acadêmicos presididas por mulheres”, observa. “Ainda somos minoria na Poli. Mas celebro a entrada de estudantes negras, me alegra muito!”, complementa.

Sendo responsável pela transmissão de conhecimentos na graduação e pós-graduação, a professora assume a responsabilidade que os professores desenvolvem com os estudantes para além apenas dos saberes da técnica pela técnica. “Acho que a Poli, como todos neste País e no mundo, estão aprendendo a olhar as questões sociais mais atentamente. A diversidade é um dos aspectos que devem ser olhados. Como a engenharia trabalha diretamente com algo que impacta a sociedade, isto é trazido no escopo do conhecimento e ensino”, explica.

Por se tratar de uma das faculdades mais antigas na história da USP, Liedi afirma a necessidade de acelerar as iniciativas de diversidade e inclusão como um caminho possível para a continuação de uma Poli mais comprometida socialmente. “Diria que estamos no caminho certo e precisamos estar sempre atentos. O que precisamos é acelerar os processos de diversidade e inclusão. É uma mudança cultural do País e principalmente das elites”, orienta.

Tecnologias e diversidade 

Apesar de a Poli ainda caminhar a passos curtos para promover um futuro que, de fato, assegure a permanência e ampliação de estudantes sub-representados, a faculdade tem desenvolvido pesquisas que garantem a diversidade há décadas. Remos adaptáveis para pessoas com mobilidade reduzida, cadeiras de rodas controladas pelo celular, joystick labial para pessoas com tetraplegia e automação de sistemas residenciais são algumas das pesquisas realizadas que obtiveram, inclusive, reconhecimento internacional. 

Arturo Cordero – Foto: IEA

Atualmente o Laboratório de Engenharia Mecatrônica tem realizado estudos para promover a autonomia de pessoas com deficiência e o público idoso. O Jornal da USP visitou o laboratório, composto de 20 pesquisadores e pesquisadoras de graduação e pós-graduação. A equipe coordenada pelo professor Arturo Cordero, do Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos, possui quatro mulheres e um homem negro. O respectivo departamento possui uma baixa adesão feminina dentre todos os 18 cursos de Engenharia. “Não conseguimos resolver problemas estruturais. Mas tentamos mitigar problemas reais. Nosso compromisso é com a sociedade. E sabemos da responsabilidade que nossas pesquisas desempenham para garantir um futuro estável e inclusivo”, pontua Cordero.

Matheus Nogueira – Foto: Arquivo pessoal

Um dos projetos que o laboratório tem desenvolvido é analisar como a privação de sono tem afetado a mudança postural do público 60+. “O estudo, apesar de não possuir um recorte amostral de cor de pele, classe econômica e gênero, conseguiu comprovar que o menor tempo de sono afeta a postura dos idosos e consequentemente pode aumentar a chance de acidentes”, explica Matheus Nogueira, responsável pela pesquisa de doutorado que investiga o modelo de controle intermitente para avaliação do efeito da privação de sono no desempenho motor, por meio de bolsa Capes, um dos motivos que levou o paraense a vir para São Paulo, na USP, realizar o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica (PPGEM).

Os dados foram obtidos com a participação de 16 idosos presentes em atividades da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP. O público participante era chamado para responder um questionário que envolvia perguntas relacionadas à qualidade de sono, entre outras condições. Em seguida, ficariam entre 10 a 14 dias com um actígrafo, relógio usado no punho que permite o monitoramento contínuo do paciente durante períodos prolongados de repouso. Após isso, os participantes foram submetidos a uma plataforma de força, que avaliava a mudança postural de cada um, separadamente. Os dados ficavam armazenados num programa de computador, enquanto Matheus analisava caso a caso. “Me sinto realizado com o estudo, pois sei do compromisso social que ele estabelece. Aqui [na Poli] tenho estrutura necessária para estudar isso. Lá na Universidade Federal do Pará [UFPA] eu não teria laboratório para pesquisar tecnologias assistivas”, conta o pesquisador, ressaltando a importância de maiores investimentos nas universidades para além do eixo centro-sul do Brasil.

Vivência politécnica

A união entre iniciativas institucionais e estudantis desempenha tamanho protagonismo na promoção da permanência e vivência universitária. Apesar da Poli ser um grande sonho para muitos alunos, possibilitar condições necessárias e confortáveis na conquista do diploma é crucial. Muitos são os motivos que levam os estudantes a ingressarem na maior faculdade de engenharia da América Latina. Para Maria Eduarda Bonfim, recém-ingressa no curso de Engenharia de Materiais, a empregabilidade e as oportunidades que a faculdade oferece são alguns dos motivos que a levaram a sonhar em ser uma estudante politécnica.

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“Só enxergarei que o futuro da Poli é a diversidade quando os assuntos de diversidade passarem a ser o centro das discussões. Quando estudantes oriundos de escolas públicas começarem a se enxergar aqui antes mesmo de ingressarem, porque aquela visão de Poli só para branco e rico não vai mais existir”, relata a estudante que sonha em futuramente fundar um escritório de engenharia e dar aulas em sua comunidade em cursinhos populares, Maria Eduarda Bonfim.

 

Por ser de baixa renda, a aluna conta da importância dos programas de bolsas da Poli e da USP para assegurar sua permanência durante a graduação, já que os cursos de engenharia são totalmente integrais.”Antes de entrar eu já procurava se havia algum programa de bolsas que pudesse me auxiliar financeiramente”, explica Eduarda, que hoje é bolsista do Programa de Permanência e Formação Estudantil (PAPFE) da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) da USP. 

Maria Eduarda – Foto: Arquivo pessoal

Mas nem só de auxílio financeiro necessita o estudante. Atividades que desempenhem bem-estar físico, social e mental são fundamentais para desenvolver a inclusão, o pertencimento e a autoafirmação. Eduarda é moradora de Sapopemba, na zona leste de São Paulo, e recém-concluinte do ensino médio na rede pública. O peso da comparação devido às suas condições socioeconômicas em relação aos outros estudantes é quase que impossível não aparecer, segundo ela. “A maioria das pessoas que conseguem se sair bem nas aulas vêm de escola particular, de um estudo muito bom. Enquanto elas já sabem dos conteúdos, eu ainda estou tentando aprender. O desânimo logo bate à porta, mas graças a Deus existem os centros acadêmicos e os coletivos estudantis, que muito me tem auxiliado”, diz. “Mas é triste sempre estar correndo atrás para tentar chegar ao nível da grande maioria dos estudantes”, complementa cabisbaixa.

Uma alternativa possível para contornar essa desigualdade na educação, para ela, seria algum curso de nivelamento ou mudança nas práticas avaliativas. “Eu acho que vai diminuindo a quantidade de cotistas porque todo mundo que entra por cota tem dificuldade nas matérias, não consegue acompanhar e acaba desistindo. Então, se a Poli estiver comprometida em incluir, precisa rever a grade do curso ou talvez promover aulas de nivelamento antes das aulas começarem. Se não, parece que está fazendo de tudo para você desistir”, exemplifica.

A autoafirmação é também um passo importante na vivência universitária para promover inclusão. Enquanto mulher negra e de periferia, Eduarda denuncia a falta que faz enxergar nos espaços da Poli mulheres como ela, que possam ser suas referências. “Já neste primeiro semestre eu não tive nenhuma professora mulher negra, nem algum professor que não fosse branco. Se eu não me reconheço nesses espaços, quem me garante que eu vou conseguir chegar até o fim [do curso]?”, questiona ela, que atualmente integra o Centro Acadêmico Moraes Rêgo (CMR), que reúne os cursos de Engenharia de Minas, Petróleo, Metalúrgica/Materiais.

Para além do centro acadêmico, a estudante relata a importância dos coletivos estudantis como espaços de escuta e acolhimento de grupos sub-representados. Demandas como a falta de acessibilidade dos prédios da Poli, reserva de vagas PPI nos concursos de docentes, canais de denúncia contra assédio sexual e LGBTfobia são algumas das demandas que os coletivos e o Grêmio Politécnico atendem.

Confira abaixo as iniciativas institucionais e estudantis responsáveis por fomentar um espaço seguro para assegurar a inclusão e o pertencimento na Poli:

INSTITUCIONAL

  • Grupo de Acolhimento e Promoção à Saúde da Poli

O Grupo de Acolhimento e Promoção à Saúde (GAPS) reúne estudantes, funcionários e professores que discutem e propõem iniciativas e projetos que tornem a Poli um ambiente cada vez mais acolhedor e inclusivo para todas as pessoas que frequentam seus espaços físicos ou virtuais.

Uma das primeiras propostas do grupo foi a criação de cartilhas informativas. Esses materiais têm o objetivo de informar e conscientizar as pessoas sobre pautas de diversidade, acessibilidade e saúde mental. Uma das cartilhas produzidas trata da pauta de preconceitos estruturais presentes em falas e atitudes que comprometem a integridade e causam desconfortos a algumas pessoas que se identificam como grupos sociais minoritários. Nela encontram-se a descrição dessas situações inadequadas, além de explicações e dicas para tornar a Poli um ambiente mais saudável e respeitoso para todas as pessoas.

Contato: https://www.facebook.com/grupodeacolhimento/

  • Programa Poli Cidadã

O Poli Cidadã faz parte de um dos projetos de extensão da Poli pautados a assumir o compromisso pela justiça e desenvolvimento social. Implantado há quase 20 anos, a iniciativa tem como objetivo estreitar as relações entre o conhecimento produzido pela Universidade e a sociedade. Coordenado pelo professor Antonio Mariani, do Departamento de Engenharia Mecânica, o programa também faz parte de uma disciplina livre da USP com o mesmo nome. Qualquer estudante pode participar desenvolvendo projetos sociais que atendem às demandas de comunidades assistidas no programa.

Contato: https://pt-br.facebook.com/PoliCidada.USP/

  • Associação de Engenheiros Politécnicos (AEP)

Formada exclusivamente por ex-alunos, a Associação dos Engenheiros Politécnicos (AEP) é uma entidade que busca estreitar relações entre estudantes e egressos. A principal atuação da associação é um programa de bolsas que oferecem anualmente no valor de R$ 600 durante 10 meses, com o intuito de assegurar a permanência estudantil de alunos de baixa renda regularmente matriculados no primeiro ou segundo ano da graduação. Pautados pela inclusão social, a AEP oferece para além de apoio financeiro, um programa de mentoria que visa orientar academicamente os estudantes politécnicos.

Contato: @aep.poli

ESTUDANTIL

  • Poli Vai à Escola 

Poli Vai à Escola é uma iniciativa do Diretório Acadêmico, ou Grêmio Politécnico, como é mais conhecido. O objetivo da iniciativa é levar a universidade pública, gratuita e de qualidade aos futuros ingressantes. Segundo as redes sociais do movimento, o objetivo principal é “apresentar a Universidade não apenas como uma possibilidade, mas um direito, sobretudo, aos estudantes de ensino médio da rede pública.”

A presença dos estudantes da Poli nas escolas revela-se como um evento acolhedor para conversar sobre experiências com o vestibular e vivência universitária. Além disso, são abordados temas como esporte na USP, grupos de extensão, coletivos e a permanência na Universidade.

Contato: @polivaiaescola

  • Poli Negra

O Poli Negra representa o coletivo negro estudantil da Poli. Sendo a entidade máxima de estudantes negros, o coletivo promove um espaço de escuta e acolhimento e atividades que valorizem as potencialdiades da comunidade negra. Debate sobre a ampliação da Lei de Cotas, eventos realizados no Dia Nacional da Consciência Negra e cartas encaminhadas à diretoria da faculdade reivindicando métodos de avaliação pedagógica mais justos aos estudantes oriundos da rede pública são algumas das ações já realizadas pelo coletivo. Aliados ao professor José Reinaldo, docente negro da Poli, o coletivo reforça também a necessidade de concursos públicos com reserva de vagas à cotas étnico-raciais. Uma vitória conquistada pelos coletivos negros da USP, inclusive o Poli Negra, foi a aprovação da banca de heteroidentificação realizada a partir deste ano. 

Contato: @coletivopolinegra

  • Frente Poli Pride

Um dos lemas do Poli Pride, coletivo estudantil LGBTQIAPN+ da Poli, é que é preciso ter orgulho de ser quem é na engenharia, ambiente ainda muito predominado pela heterocisnormatividade. Promovendo um espaço de acolhimento e orientação, o coletivo de diversidade de gênero e sexualidade atua também para além dos conteúdos informativos veiculados nas redes sociais. Presencialmente, campanhas de prevenção às IST’S, contra a LGBTfobia, a Semana de Diversidades da Poli (Sedep) e o prêmio diversidades USP são algumas das ações atualmente desenvolvidas, reafirmando o compromisso de tornar a engenharia até mesmo colorida.

Contato: @frentepolipride

  • Politécnicas (R)existem/ Poligen

Comprometidas em propiciar um espaço igualitário nas questões de gênero, os coletivos feministas Politécnicas (R)existem e Poligen são duas redes que defendem a permanência de mulheres na engenharia. Aliadas do Elas pelas Exatas, movimento brasileiro que preza pela ampliação de mulheres nas ciências, tecnologias e matemáticas, ambos os coletivos têm desenvolvido atividades que impeçam a desistência de tantas mulheres nas engenharias. Além disso, as membras dos coletivos têm incentivado garotas, sobretudo de escolas públicas, a ingressarem na Poli. Campanhas contra assédio sexual e pobreza menstrual têm sido prioridade na pauta feminista em defesa de uma Poli menos masculina e mais igualitária.

Contato:@politecnicas,r,existem e @a_poligen

  • Poli Social 

A Poli Social é uma associação sem fins lucrativos, formada por alunos, que oferece serviços gratuitos voltados ao Terceiro Setor. Seus membros são comprometidos com diversas causas sociais, de modo a aplicar na prática os conhecimentos adquiridos na faculdade com o intuito de provocar mudanças na sociedade. Além de desenvolver projetos e eventos para ONGs aliadas à rede, a Poli Social preza também por desenvolver na Poli um ambiente preocupado com as questões sociais. Campanhas de doação de alimentos, roupas e itens de higiene pessoal periodicamente são realizadas.

Contato: @grupopolisocial e https://www.grupopolisocial.com/servicos

Saiba mais: poliusp (Instagram); https://www.facebook.com/politecnicausp/?locale=pt_BR (Facebook) e 

https://www.poli.usp.br/


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