A partir da próxima semana, a Rádio USP (93,7 MHz) inaugura sua nova grade de programação. A novidade é a estreia de três programas: Quilombo Academia, Tropicana Musical e Nas Ondas do Choro.
Às quintas-feiras, das 13h às 13h30, vai ao ar o Quilombo Academia, programa inédito voltado para temas ligados à cultura afro, que conjuga música e discussões a partir de estudos e pesquisas. A apresentação é de Celso Luiz Prudente, cineasta, antropólogo e professor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
Vários docentes da USP participam do programa como consultores: Afrânio Mendes Catani e Rogério de Almeida, da Faculdade de Educação (FE), Eunice Aparecida de Jesus Prudente, da Faculdade de Direito (FD), Dennis de Oliveira e Ricardo Alexino, da Escola de Comunicações e Artes (ECA). As reprises do programa acontecem aos domingos, das 19h30 às 20 horas.
Já o Tropicana Musical irá ao ar todas as quartas-feiras, das 21 às 22 horas, com reprises aos domingos, também das 21 às 22 horas. Produzido e apresentado pelo etnomusicólogo e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Edwin Pitre-Vásquez, o programa já é exibido pela Rádio Paraná Educativa e chega à USP graças à sugestão do professor da ECA Ivan Vilela, conta o jornalista Gustavo Xavier, um dos responsáveis pela programação da rádio.
A ideia do programa, que conta com apoio institucional da UFPR, é divulgar a produção musical das Américas e do sul global e vem ao encontro das necessidades da Rádio USP. De acordo com Xavier, havia uma carência de programas sobre a música da América Latina na emissora, que o Tropicana Musical vem suprir.
A terceira estreia é o inédito Nas Ondas do Choro, que vai ao ar aos sábados das 7 às 8 horas e reprisa aos domingos, das 20 às 21 horas. Apresentado e produzido por Julio Moreno e Julio Francfort, que já haviam comandado na Rádio USP o Play Track, o novo programa promete reunir informações e músicas do universo do choro.
De acordo com Xavier, diversidade é a palavra-chave que orientou a inclusão dos programas. “O eixo que tem norteado a grade como um todo e a escolha dos programas é ampliar cada vez mais a diversidade. Diversidade no sentido de gêneros presentes na programação, em relação às temáticas e também às formas”, comenta.
O objetivo, explica o jornalista, é ampliar o repertório cultural do ouvinte, proporcionando o contato com abordagens e temas variados. Isso implica também trazer aspectos e expressões de temas que não tenham seus próprios meios para se mostrar.
“Esperamos que as pessoas tenham contato com uma diversidade de formas”, continua Xavier. “Que as pessoas possam enxergar o mundo de forma enriquecida, ter sensibilidade para ver que existem outras maneiras de enxergar os assuntos, que existem outros assuntos e expressões culturais diversas. Tudo aquilo que a gente acha que esteja mais próximo de diversificar e mais distante de redundar tem sido priorizado.”
Compositoras
Um quarto programa ainda aguarda o fim da pandemia para entrar na grade da programação da Rádio USP. Trata-se do Diversas, dedicado à produção musical autoral feita por mulheres e produzido e apresentado por Fabiana Ferraz. A ideia do programa é apresentar músicas de autoria feminina e entrevistas com artistas da cena independente, incluindo também artistas transexuais.
Xavier explica que, diferentemente dos outros programas, o Diversas será ao vivo e, por conta disso, precisa esperar a reabertura dos estúdios da rádio, fechados em virtude da pandemia de covid-19.
A Rádio USP de São Paulo pode ser sintonizada em 93,7 MHz e através do site da emissora.
