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Monumento à Amizade Brasil-Japão, de Tomie Ohtake – Foto: Julio Bazanini
Os monumentos da Cidade Universitária - Amizade Brasil-Japão
O sonho japonês de Tomie Ohtake de viver a arte acordou sob o sol do Brasil
Uma escultura que pudesse simbolizar os 100 anos de laços de amizade entre o Brasil e Japão comemorados em 1997… Com essa sugestão do pró-reitor de Cultura, na época, Jacques Marcovitch, a artista Tomie Ohtake (Kyoto Japão, dia 21 de novembro de 1913 – São Paulo, 12 de fevereiro de 2015) começou a lembrar quando chegou ao Brasil em 1931. “Eu não pensei que passaria a vida aqui em São Paulo. Casei, vi crescer os meus dois filhos Ruy e Ricardo”, contou a artista em entrevista ao Jornal da USP. “E até o sonho que eu tinha desde criança de desenhar acordou no Brasil, quando, em 1952, começei a ter aulas com o professor Keiya Sugano.
Todas essas lembranças estão na escultura que Tomie desenhou e projetou infinitas vezes no papel. “São duas pranchas, como se fossem dois navios em um oceano. Um simboliza o Japão. O outro é o Brasil”, explicou. “Até que depois de atravessarem dias e noites, eles se cruzam. Mas não se tocam.” Tomie tem razão. As duas pranchas estão uma em frente da outra e se cumprimentam amigavelmente em uma reverência oriental. Há um espaço vazio entre elas por onde circulam as histórias e a cultura de cada país.
Segundo Marcovitch, “a escultura de Tomie Ohtake conecta memória e identidade pelo caminho da amizade.”
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Monumento à Amizade Brasil-Japão, de Tomie Ohtake – Foto: Foto: Julio Bazanini
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