“Invisíveis” da cidade de São Paulo são tema de evento

Seminários on-line sobre populações discriminadas acontecem a partir desta terça-feira, dia 29, às 19 horas

 28/09/2020 - Publicado há 4 anos

A obra 100%, do artista Vitor Cesar – Fotos: Ricardo Ferreira

Negros, índios, populações de rua, homossexuais e refugiados. Esses são alguns dos habitantes da capital paulista que serão tema do evento on-line São Paulo Invisível – Laboratório de Números, voltado para a discussão sobre as populações discriminadas da cidade. Com participação de professores da USP, o evento começa nesta terça-feira, dia 29, às 19 horas, e vai até 6 de outubro. Serão seis seminários, que ocorrerão nas plataformas YouTube e Instagram (confira abaixo a programação completa). Painéis criados por jovens artistas – entre eles a obra 100%, de Vitor Cesar – serão mostrados durante o evento, para inspirar a reflexão sobre o tema do encontro.

“Os pesquisadores, artistas e agentes convidados vão trazer experiências e relatos que podem mudar conceitos endurecidos”, acredita a curadora do evento, Alecsandra Matias de Oliveira, que é pesquisadora do Centro Mario Schenberg de Documentação da Pesquisa em Artes da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. “As ideias, os fatos e os dados de pesquisas discutidos a cada encontro vão colocar a história oficial versus as polifonias mnemônicas.” O evento é promovido pelo Museu da Cidade de São Paulo.

O evento São Paulo Invisível – Laboratório de Números será realizado de 29 de setembro a 6 de outubro, sempre às 19 horas, nas plataformas YouTube e Instagram.

Evento inclui seis seminários on-line

Confira a seguir a programação completa do evento São Paulo Invisível – Laboratório de Números.

Dia 29 de setembro, às 19 horas

“Negro, cadê seu lugar?” Participantes: jornalista Deri Andrade, rapper e historiadora Preta Rara e professora da USP Gislene Aparecida dos Santos. Painel do artista Junião.

Dia 30 de setembro, às 19 horas

“Ser índio hoje.” Participantes: professora Eva Aparecida dos Santos, professor Carlos José Ferreira dos Santos, da aldeia Gwarini Taba Atã, em Ilhéus, na Bahia, e professora da USP e museóloga Marília Xavier Cury. Painel da artista Moara Brasil.

Dia 1º de outubro, às 19 horas

“Masculinidade, heterossexualidade compulsória e eurocentrismo.” Participantes: ativista Marcela Tiboni, educador e artista visual Bruno O. e escritora Amara Moira. Painel da artista Laura Guimarães.

Dia 2 de outubro, às 19 horas

“Êxodo, imigração e refugiados.” Participantes: professora da USP Rose Satiko Hikiji, ativista e escritora Duda Porto de Souza, professora da USP e historiadora Maria Luiza Tucci Carneiro. Painel do artista Gil Duarte.

Dia 5 de outubro, às 19 horas

“Às margens do acesso.” Participantes: professora historiadora Andrea Paula dos Santos Oliveira Kamensky, padre Júlio Lancellotti e sociólogo Marcelo Batista Nery. Painel do artista Alan Fujito.

 Dia 6 de outubro, às 19 horas

“Memórias apagadas: vila, cidade e metrópole.” Participantes: professor Percival Tirapeli, professora da USP e colunista da Rádio USP Giselle Beiguelman e professora da USP e historiadora Raquel Glezer. Painéis da artista Helena Kozuchowicz e do artista Paulo von Poser.

 


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