Exposição fotográfica mostra importância dos insetos na natureza 

Com 41 imagens, mostra está em cartaz na Escola de Engenharia de São Carlos da USP

 17/08/2018 - Publicado há 6 anos
Fotografias foram registradas durante o pós-doutorado do biólogo André Rangel Nascimento – Foto: André Rangel Nascimento

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O Brasil é referência mundial quando o assunto é biodiversidade, tendo como base suas grandes florestas, que são a casa de milhares de espécies da fauna e flora nacional. Mesmo assim, existem diversos seres vivos ainda desconhecidos e que têm seu papel no ambiente pouco difundido para a sociedade, como é o caso dos insetos. Muitas vezes considerados nocivos aos seres humanos, esses animais têm grande importância para a natureza, pois, entre outras funções, são responsáveis pela polinização. Visando a aproximar o público do universo imperceptível dos insetos, a USP de São Carlos recebe, até o dia 8 de outubro, a exposição fotográfica Interações.

Criada pelo biólogo André Rangel Nascimento, a mostra conta com 41 fotografias, distribuídas pelos corredores do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP. “As fotografias apresentam a microfauna, em especial os insetos, atuando em relevantes ambientes naturais do nosso país e interagindo com outras espécies, entre elas as plantas. Os registros são parte de meu pós-doutorado, em que realizei dois anos de expedições científicas”, revela Nascimento, que é doutor em Ecologia. Alguns retratos do especialista também estão expostos no Museu da Engenharia Elétrica e no Anfiteatro Armando Toshio Natsume, ambos do SEL.

Insetos têm importante papel no ambiente – Foto: André Rangel Nascimento

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Capturadas em ambientes que vão de jardins a florestas, as fotografias exibem, em detalhes, o comportamento dos insetos. Segundo o autor do trabalho, conhecer a biodiversidade desses animais é fundamental para o entendimento dos mecanismos necessários para a preservação das florestas, pois é preciso dar o devido valor à vida e entender a importância de proteger esses frágeis ecossistemas. “Quando pensamos no desmatamento ou em um incêndio florestal, muitas vezes não enxergamos a amplitude do desastre e todas as formas de vida que perdemos. Para cada árvore cortada, muitos outros organismos associados a ela simplesmente desaparecem”, afirma o biólogo.

Nascimento explica que, quando se pensa em florestas, imediatamente vêm à mente imagens de árvores, macacos, felinos, aves e borboletas. No entanto, há muito mais diversidade no interior das matas, que foge ao conhecimento das pessoas comuns e também dos cientistas. “Esperamos que a população seja um agente da preservação dos ambientes naturais, sejam eles jardins, parques, praças, reservas e até mesmo florestas”, reitera o pesquisador.

Comportamento dos insetos é retratado nas fotografias – Foto: André Rangel Nascimento

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A exposição, que está aberta para visitação de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, é realizada no âmbito do Projeto Arte no Caminho, idealizado pelo SEL, com apoio da Comissão de Cultura e Extensão Universitária (CCEx) da EESC e do Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do campus de São Carlos da USP. A iniciativa visa a despertar o interesse da comunidade pela arte, transformando ambientes universitários em pequenas galerias. A exposição conta com a curadoria de três artistas: Lucia Rangel, Rafael Zafalon e Maria Nascimento. Os dois últimos também atuam como marchands, trabalhando na inserção da arte em galerias internacionais.

 

Henrique Fontes, da Assessoria de Comunicação do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP


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