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Com acervo de Gilda de Mello e Souza, Centro MariAntonia reabre sua biblioteca
Cerca de 800 volumes da coleção pessoal da filósofa e professora da USP enriquecem o catálogo da biblioteca fundada em sua homenagem, que foi reinaugurada nesta sexta-feira, dia 29
Imagem: Centro MariAntonia
A biblioteca
Instalada no térreo do Centro MariAntonia, a Biblioteca Gilda de Mello e Souza consiste em uma sala com dez estantes e duas mesas de estudos. Nos corredores, enfileiram-se livros e revistas sobre diferentes campos artísticos. São priorizados os títulos que preservam a memória do próprio Centro MariAntonia. “As escolhas mantêm-se no campo das artes, mas também da memória política do País, o que inclui temas como direitos humanos, democracia e ditadura, entre outros”, explica Ana. “Há volumes datados do século 19 e livros comprados pelo casal Gilda e Antonio Candido que formaram o repertório analítico expresso nas suas obras.”
Assista no link abaixo ao vídeo Uma Biblioteca Para as Artes Visuais, produzido em 2012 pela Superintendência de Comunicação Social (SCS) da USP, por ocasião da inauguração da Biblioteca Gilda de Mello e Souza, em 6 de dezembro de 2012.
A filósofa
Nascida em São Paulo em 1919, Gilda de Mello e Souza passou a infância em uma fazenda em Araraquara (SP), onde foi letrada em casa pela mãe e por um professor de francês. Em 1937, ela seria uma das poucas mulheres a ingressar no curso de Filosofia da FFCL, onde se formou em 1939. Doutora em Ciências Sociais pela USP com a tese A Moda no Século XIX, publicada originalmente em 1950, ela se tornou responsável, em 1954, pela disciplina de Estética do Departamento de Filosofia da FFCL, do qual foi chefe entre 1969 e 1972, o período mais repressivo da ditadura militar. Aposentada em 1973, Gilda recebeu em 1999 o título de Professora Emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP – sucessora da FFCL.
*Estagiária sob supervisão de Roberto C. G. Castro
**Estagiária sob supervisão de Moisés Dorado
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