Chaves do exílio e portas da esperança

Ditadura, aposentadoria compulsória e exílio levaram Florestan ao engajamento político, diz professora da USP

 17/07/2020 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 22/07/2020 as 18:17

Por Heloisa Fernandes Silveira

 

Quando a pátria que temos, não a temos,
Perdida por silêncio e por renúncia,
Até a voz do mar se torna exílio
E a luz que nos rodeia é como grades
(Sophia de Mello Andresen, Exílio)

 

Heloísa Fernandes – Foto: TV Brasil / EBC
As cartas de Florestan Fernandes para minha mãe, Myriam Rodrigues Fernandes, especialmente as do Canadá (1969-71), fornecem indicações significativas para a hipótese que este artigo sustenta. Ou seja, a de que a ditadura militar, a aposentadoria compulsória e o exílio obrigaram Florestan a realizar um “trabalho de luto” da sua concepção de universidade, abrindo o caminho para o surgimento do socialista leninista e para a produção da sua obra mais politicamente engajada.

Em 1969, quando os conceitos de subversivo e de inimigo da pátria passaram a ameaçar todos aqueles que não pensassem do mesmo modo que o poder, teve início o período mais brutal da ditadura militar. Foi um general argentino da época que melhor soube dizer a fala do terror: “Primeiro, mataremos todos os subversivos; depois, mataremos seus colaboradores; depois, seus simpatizantes; em seguida, aqueles que permanecem indiferentes e, finalmente, mataremos os que se mostram tímidos” (Leon Rozitchner, Freud y el problema del poder, Folios, 1982, p. 170).

América Latina afora os mesmos acontecimentos repetem-se: sindicatos de trabalhadores e partidos de esquerda são declarados ilegais e seus dirigentes e militantes são perseguidos, presos, mortos. Parlamentos são fechados e deputados são perseguidos, presos, mortos. A universidade autônoma é destruída; professores, alunos, funcionários são perseguidos, presos, mortos. Jornais, revistas e outros meios de cultura e de comunicação são fechados ou submetidos à censura (Maren e Marcelo Viñar, Exílio e Tortura, Escuta, 1992, p. 38).

Tudo que ontem fazia parte da cidadania e da legalidade passava a ser criminoso. Tudo que era digno tornava-se ilegal e subversivo. A própria lei tornava-se uma impostura. A ditadura Costa e Silva procurou justificar, com os chamados Atos Institucionais, decisões do mais puro arbítrio. Com o Ato Institucional Número 5 (AI-5), de 1968, o governo militar dava-se o poder de expulsar os indesejáveis das instituições civis e militares.

É assim que, em 28 de abril de 1969, 42 pessoas, entre as quais três professores da Universidade de São Paulo – Florestan Fernandes, Jaime Tiomno e João Villanova Artigas –, são compulsoriamente aposentadas dos cargos que ocupavam. O ato provocou o imediato protesto do professor Hélio Lourenço de Oliveira, vice-reitor em exercício, e obteve uma resposta igualmente imediata: um novo decreto aposentava o vice-reitor e mais 23 professores da Universidade de São Paulo, entre os quais Caio Prado Júnior, que nem ao menos era professor (Eunice Durham, O Livro Negro da USP – O Controle Ideológico na Universidade, Adusp, 1978, p. 38-41).

Aos 48 anos de idade, Florestan estava sendo expulso da cadeira de Sociologia, daquele pequeno mundo que, como ele dizia, tornara-se uma razão de ser da sua vida (Florestan Fernandes, A Sociologia no Brasil, Vozes, 1977, p. 192). Começava a sofrer na própria pele o que é ser um “homem marginal”, numa experiência muito semelhante à do bororo Tiago Marques Aipobureo, sobre o qual escrevera aos 25 anos, quando ainda era um aprendiz de sociólogo (Florestan Fernandes, Mudanças Sociais no Brasil, Difusão Europeia do Livro, 1960). Florestan tornava-se aquele ser condenado a viver à margem do grupo social ao qual pertencia. Como bem colocou Miriam Limoeiro Cardoso, com a aposentadoria compulsória, a ditadura militar conseguiu arrancar de Florestan o seu chão institucional, aquele mesmo chão que, em grande parte, ele próprio construíra (Miriam Limoeiro Cardoso, O Pensamento Crítico Radical de Florestan Fernandes, revista Margem Esquerda – Ensaios Marxistas, nº 6, setembro de 2005, p. 193).

Expulso do seu lugar, do seu mundo, e obrigado a tornar-se prisioneiro na sua própria casa, Florestan escolhe o exílio e aceita o convite para lecionar na Universidade de Toronto, no Canadá. Parte sozinho, sem sua família, no mesmo ano de 1969.

Exílio, êxodo, migração, errância; experiências de separação, de perda das raízes, da terra, do lugar, da casa. Atravessar cercas, muros, fronteiras. Ser invadido pelo medo, solidão, insegurança, tornar-se um estranho e um estrangeiro. Costurar o que foi rompido com os fios da saudade e da nostalgia.

Saudades da querência, cultura da ausência. Florestan inicia essa dolorosa experiência recorrente e secular de milhões de camponeses brasileiros e latino-americanos. É o que nos diz, ainda agora, Manoel dos Santos, boia-fria em Ribeirão Preto, natural de Livramento, na Bahia, onde deixou mulher e três filhos: “Não tem jeito, preciso fazer isso” – aceitar uma situação próxima da do trabalho escravo. “Tenho muita saudade deles. Vivo do que é possível eu ter” (Folha de S. Paulo, 18 de setembro de 2005).

Exílio não é emigração, nem para Florestan nem para Manoel dos Santos. O emigrante viaja nos braços de um desejo em relação ao seu lugar de destino. O exilado carrega uma sentença de expulsão, forçada ou voluntária, da sua terra. O emigrante quer ser aceito e reconhecido, ele é movido por um desejo de futuro. O exilado é o desterrado, o retirante imerso no trabalho do luto da sua querência, condenado a carregar, nas cores da saudade, um passado que recusa abandonar.

Para Florestan, é a integridade de uma posição ética que sustenta sua decisão de exilar-se; é como ele próprio reconhece numa carta enviada à minha mãe: “Talvez eu tenha errado ao me ajustar à situação política de forma radical-socialista. Mas é minha posição e eu não poderia ter agido de outro modo (…). Tentarei vir ao Brasil quantas vezes me for possível para reduzir as consequências da separação” (6 de janeiro de 1970).

Mas o passado do qual pensou poder separar-se encarrega-se de tornar impossível adotar a nova terra, que impõe uma outra língua: “Tenho de preparar três aulas de uma hora e meia e uma de duas horas e tudo isso é bastante duro para mim, por causa do inglês. Já na segunda-feira, dei a primeira aula. A minha garganta ficou completamente seca e eu estava completamente nervoso” (carta a Myriam, 1º de outubro de 1969).

“Meu inglês piorou de modo horrível. Até parece que estou começando de novo (…). Acho que as razões são de natureza psicológica” (carta a Myriam, 6 de janeiro de 1970).

Se a língua seca a garganta, o clima pesa no corpo: “O frio é desanimador (…). Com o capote que você viu, eu me sinto como se estivesse pelado quando ando pela rua. (…) Ontem à noite, fui a um cinema aqui perto, pois me sentia cansado e deprimido. Para voltar ao apartamento, tinha de andar uns cinco ou seis quarteirões. Com a neve no chão e a neve que estava caindo, parecia que estava arrastando o mundo nas costas” (carta a Myriam, 31 de janeiro de 1971). Quem sabe não era seu próprio país que Florestan sentia estar carregando no lombo!

Outra terra, outros professores, outros valores. Florestan lastima só ter dois colegas que “também são socialistas”; ademais, com a exceção de um ou outro professor liberal e de alguns estudantes, “a convivência sempre foi mais formal” (carta a Myriam, 3 de outubro de 1971). Em resumo, “poucos aceitaram as minhas teses e ideias. Estou reduzindo de tal maneira o meu espaço político que temo converter-me no equivalente de um ‘maníaco ideológico’ (…). Paciência, não sou adaptativo e prefiro trocar de vida a ter um espaço político razoável à custa do que me é mais caro” (Eliane Veras Soares, Florestan Fernandes: o Militante Solitário, Cortez, 1997, p. 79-80).

Outros alunos, outras experiências: “Bem, aqui estou de novo. Cheguei muito cansado (…) e cada vez custa-me mais a rotina de trabalho. Acho que atingi o limite de saturação; recomeçar todo ano a ensinar novas turmas chega a ser interessante quando se é jovem e quando se ensina, na própria língua, estudantes que compartilham as mesmas preocupações e esperanças. Aqui, estou tão distante de todos eles quanto eles de mim. Decididamente, o sacrifício não paga a pena (…). Estou pensando pedir demissão” (carta a Myriam, 15 de setembro de 1971).

Florestan vive dolorosamente essa situação de falante de uma língua/cultura/ambiente/clima estrangeiro onde se estranha e já não se reconhece. Não por acaso, quando viajou para os Estados Unidos, quase não conseguiu retornar, pois esqueceu que seu visto de permanência teria o prazo de validade encerrado assim que saísse do Canadá.

“Indo a Buffalo, nos Estados Unidos, saí do Canadá e perdi o direito de permanência e de reentrar no País! Mas o funcionário foi cortês e inteligente e resolveu fechar os olhos” (carta a Myriam, 29 de outubro de 1971).

Não é casual que seu mundo tenha adquirido um novo encanto com a chegada de José Nun, professor socialista argentino, ao Canadá. “Ele já me visitou, há tempo, em nossa casa. Foi com o Fernando Henrique. É uma pessoa encantadora. Comprou um carro e só pensa em sair comigo para lá e para cá. (…) Em termos de conversação, para mim é ótimo. (…) Com Nun, tenho ares da América Latina, da Europa e da Argentina” (carta a Myriam, 3 de outubro de 1971).

Exílio, estranhamento, impossibilidade do trabalho de luto da sua terra, do seu clima, da sua gente, dos seus ideais. “Torna-se cada vez mais difícil estabelecer uma ponte entre o que sou e o que faço e o que desejaria ser e fazer. (…) Às vezes, olho para mim mesmo com certa ironia, pois me especializei em dar murros em ponta de faca e agora que me vejo lançado realmente no mercado, como mercadoria estimada em dólares, sinto (…) que seria melhor vender sorvetes numa rua quente de São Paulo do que ser professor de Sociologia no norte das Américas” (Eliane Veras Soares, Florestan Fernandes: o Militante Solitário, p. 79).

“O que mais dói é a saudade. Bem diz Manoel Berlinck, a saudade é uma maneira de resistir ao presente; é uma afirmação de que não faço parte só do aqui e do agora porque continuo atado ao meu passado. (…) Na saudade, o eu ameaçado reencontra sua identidade num passado que se faz presente” (Manoel Berlinck, Mitologias brasileiras – Saudade, Pulsional Revista de Psicanálise, ano V, nº 40, agosto de 1992, p. 29). Florestan resiste aceitar o Canadá e defende-se com a saudade da família: “Me emociono quando escrevo para vocês ou recebo as cartas e a pressão sobe que nem rojão” (carta a Myriam, 14 de outubro de 1969).

Defende-se com a saudade da sua terra: “Se vocês puderem me enviar um presente de fim de ano, gostaria de ter um álbum com as gravuras de Portinari (…) para mandar enquadrar e pôr nas paredes; com as suas fotografias e algumas gravuras, terei um ambiente brasileiro” (carta a Myriam, 12 de novembro de 1969).

Como para tantos trabalhadores rurais brasileiros, também para Florestan a saudade, “essa tristeza doce e dolorosa” (Maren e Marcelo Viñar, Exílio e Tortura, Escuta, 1992, p. 112), alimenta o desejo de voltar; desejo que precisa ser capaz de derrotar o medo e a insegurança: “Recebi notícias amargas sobre a situação (…). Não sei se é técnica do pessoal dos E.U.A. para convencer-me a ficar por aqui ou se é tudo realmente verdade. Inclusive, falaram-me da prisão do Octavio (Ianni) e, mais tarde, que ele fora solto” (carta a Myriam, 4 de maio de 1970).

Ainda assim, voltar, mesmo sendo preciso enfrentar “um prolongado período de vacas magras” (carta a Myriam, 15 de setembro de 1971) e, pior ainda, mesmo sem saber do seu destino: “Com exceção do pessoal de casa, recebi muitas cartas aconselhando-me com ardor evitar essa decisão que, para mim, é inevitável. (…) Disseram-me que andam espalhando nas universidades (…) que eu pretendo voltar porque ‘vou aderir’ ao atual governo. É uma perversidade e tanto” (carta a Myriam, 24 de março de 1971).

O exílio é mesmo esse “ir-e-vir dentro de situações de grande dramaticidade” (Toni Negri, Exílio, Iluminuras, 2001, p. 10), preparando a eclosão do novo dentro da repetição. Para Florestan, o exílio é solidão e a solidão é impotência. Florestan sabia muito bem o que dizia quando escreveu, mais tarde, que, retirado do seu “ambiente, o intelectual não tem vida, é uma planta de estufa, que morre precocemente” (Florestan Fernandes, A Condição de Sociólogo, Hucitec, 1978, p. 27). A decisão tornou-se inevitável porque já “é tempo de colocar-me à prova” (carta a Myriam, 15 de setembro de 1971) e, portanto, retorno.

Tomada a decisão de voltar, Florestan nunca mais será um exilado. Aceita alguns convites para trabalhos intelectuais fora do Brasil, mas só com passagem de ida e volta.

Como ele mesmo reconhece, são viagens que valem “pela oportunidade de ensinar e de ficar livre das pressões, seja do isolamento, seja das limitações da minha vida aí (virei um misto de criança, anormal e criminoso: o que, tudo junto, é demais!)” (carta a Myriam, 4 de fevereiro de 1977).

O exílio cumpriu sua sina. Foi como Florestan obrigou o sociólogo a repetir-se e repetir-se até a sua derradeira implosão.

Dois textos dão testemunho da ruptura. O primeiro, de 1969, Sociólogos: os Novos Mandarins, escrito quando acabara de chegar ao Canadá, onde afirma: “eu sou, ao mesmo tempo, sociólogo e socialista”, embora a sociologia seja o verdadeiro centro de referência do seu discurso (Florestan Fernandes, A Sociologia no Brasil, p. 268). O outro, A Geração Perdida, escrito após o retorno ao Brasil, mas imerso na experiência do exílio, começa com um encontro emocionado numa estação de trem no Canadá. “Éramos três ‘perdidos’ no mundo”, diz Florestan, “Sulamita, Costa Pinto e eu, que, despedindo-me de Costa Pinto começo a chorar enquanto o amigo me diz: ‘Deixa disso, meu velho, nós ainda nos veremos muitas vezes e ainda vamos dar muita risada de tudo isso’” (Florestan Fernandes, A Sociologia no Brasil, p. 214). Geração Perdida é um texto longo, duro, pesado, doloroso. Implacável, Florestan quer saber onde nós, socialistas, falhamos e para onde vamos. No centro do seu discurso já não está a sociologia, mas o povo: “Devemos colocar-nos a serviço do povo brasileiro, para que ele adquira (…) a consciência de si próprio e possa desencadear, por sua própria conta, a revolução nacional que instaure no Brasil uma ordem social democrática e um Estado fundado na dominação efetiva da maioria” (Florestan Fernandes, A Sociologia no Brasil, p. 246).

Não por acaso, Florestan usou seu tempo livre no exílio para estudar a “revolução socialista na Rússia, na China e em Cuba” (Florestan Fernandes, A Sociologia no Brasil, p. 204). Ele mesmo nos conta que essas leituras permitiram “liquidar as últimas hesitações e todas as esperanças: dentro do capitalismo só existem saídas, na América Latina, para as minorias ricas, para as multinacionais, para as nações capitalistas hegemônicas e a sua superpotência, os Estados Unidos (…). A sociedade capitalista não oferece alternativas à maioria (…). Eu estava pronto para escrever a última parte de A Revolução Burguesa no Brasil” (Florestan Fernandes, A Sociologia no Brasil, Vozes, p. 203).

Na feliz expressão de João Pedro Stédile quando se refere à situação do acampado que já não tem nada a perder, Florestan “resolve dar um tapa no diabo” e, em 1972, abandona a neve do Canadá para mergulhar nas trevas da ditadura do general Médici (1969-1974). Para não se exilar de si mesmo, adaptou-se, embora mal, à existência aprisionada, isolada e solitária da vida familiar em São Paulo; conformou-se à sua “gaiola de ouro” ou à “sua bela prisão”, como ele dizia, que lhe será imposta pela ditadura militar até 1977 (Florestan Fernandes, A Pessoa e o Político, Nova Escrita Ensaio, janeiro de 1981, p. 22).

Esperava iniciar a luta de resistência, pois, como ele mesmo reconheceu, “fui para Toronto e fiquei lá pensando que podia lutar ali contra a ditadura. Depois, descobri que lá não se luta contra a ditadura. Os que nos ouviam eram pessoas que eu não precisava convencer (…). O esforço lá ia na direção de fortalecer a ditadura. Por isso é que pensei: eu volto para o Brasil e lá eu vou poder lutar. Vim para cá e não pude lutar coisa alguma, porque realmente de 1973 em diante vivi dentro de um isolamento tremendo” (Florestan Fernandes, A Pessoa e o Político, p. 21-22).

Mesmo prisioneiro e isolado, foi ali, no seu escritório, que, voltando a habitar sua língua e os ideais da sua gente, Florestan colocou-se a escrever a sua obra mais politicamente engajada, como a terceira parte da Revolução Burguesa no Brasil (1975), Circuito Fechado (1976), Da Guerrilha ao Socialismo: a Revolução Cubana (1979), O Que é Revolução (1981) etc.

Solange Aguirre, da Secretaria de Educação de Suzano, em São Paulo, teve a gentileza de me relatar um episódio que ela vivenciou durante a campanha de Florestan a deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores. Depois de uma palestra em Santos, disse-me ela, retornavam todos, à noite, de carro, para São Paulo. Subindo a Serra do Mar, enfrentam uma neblina cerrada que não deixa enxergar um palmo adiante do nariz. Pois Florestan sai do carro e, sozinho, assume a pé a dianteira, dizendo “Sigam-me!”. E eu pensei nesses dois Florestans tão diferentes. O Florestan afundando sob o peso da neve nas costas, que foi como seu corpo viveu o fechamento do horizonte político do seu país, e esse último Florestan, reconciliado consigo mesmo, que assume a direção dessa caminhada lúdica e utópica com seus companheiros. A neblina da serra antecede a luz do amanhecer. Florestan estava possuído pela esperança; sabia que, quando o desejo de liberdade dos oprimidos fizer uma aliança com o desejo de justiça dos explorados, juntos, os dois estarão abrindo as portas para o socialismo.

Heloisa Fernandes Silveira, filha do sociólogo Florestan Fernandes, é professora aposentada do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH)) da USP.

 



 

 


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