A 2ª Mostra USP de Teatro Universitário começa nesta sexta-feira, dia 16, às 17 horas, com a peça Iepe, escrita pelo dramaturgo Luís Alberto de Abreu. Na linha humorística, Iepe é uma fábula do teatro popular sobre um camponês que, devido à brincadeira de um barão, enriquece da noite para o dia. É uma obra ainda em desenvolvimento pelo Núcleo Tusp de Ribeirão Preto. Em seguida, às 18h30, o Coletivo de Teatro da EACH apresenta Pequenas Cenas de Grandes Autores, um compilado de cenas assinadas por Oswald de Andrade, Chico Buarque, Bertolt Brecht e Plínio Marcos.
Esse primeiro dia da mostra será encerrado com Cenas da Ditadura, a ser encenada às 20h pelo Grupo de Teatro da Escola Politécnica. A peça busca, com a rememoração, pensar o atual negacionismo sobre os anos do regime militar no Brasil (1964-1985). A sessão inclui conversa, às 21h15, com a psicanalista Ana Paula Musatti Braga, do Instituto de Psicologia da USP, e a pesquisadora Maria Cláudia Badan Ribeiro, autora do livro Mulheres na Luta Armada: Protagonismo Feminino na ALN (Ação Libertadora Nacional).
No sábado, dia 17, às 15 horas, alunos do Departamento de Artes Cênicas da ECA, que formam o coletivo Aterra, sobem ao palco para exibir Ganga, uma peça autoral sobre Brumadinho (MG). No começo deste ano, membros do coletivo estiveram na cidade mineira para ampliar a pesquisa in loco e incorporar as próprias vivências ao roteiro. A peça e as consequências da mineração serão debatidas às 19h15 pela professora Gabrielle Weber, da Escola de Engenharia de Lorena da USP.
Também no sábado, às 16h30, estudantes do Departamento de Física da FFCLRP vão apresentar o Circo da Física. Nesse espetáculo, eles fazem uso de palhaçaria e de divertidos recursos cênicos para ensinar noções de eletromagnetismo, ondulatória e gases.
Estudantes da FFLCH reunidos no coletivo Pegadas e Ecos vão fazer experimentos com a escrita teatral com a peça A Esperança É a Última Que Morre, a ser apresentada no sábado, às 18h. Nela, eles encenam um encontro de um grupo de apoio ao luto, em que quatro personagens se propoem a responder à pergunta “existe vida após o luto?”.
Já no domingo, dia 18, último dia da mostra, alunos do Instituto de Física que formam o coletivo Vaca Esférica dominam a programação com a apresentação de duas peças: às 15h eles mostram a comédia autoral A Antonéia – que é inspirada no teatro da Grécia Antiga e retrata o casamento arranjado entre os personagens Antônio e Gregório – e, às 16 horas, apresentam Oblívio, também uma peça em desenvolvimento que faz questionamentos sobre começos, meios e fins.
Às 17h30 do domingo, a última peça da mostra será apresentada pelo coletivo Química em Ação, formado por estudantes do Instituto de Química, que exibirá o seu novo projeto: IQ TV. Seguindo a linha divertida pela qual são conhecidos, os alunos do coletivo se tornam âncoras em um telejornal irreverente, mostrando a química presente em cada uma das notícias recentes que ele comentam, sobre o tempo, moda ou esportes. Na ocasião, haverá debate mediado pela pesquisadora Drica Santos, doutora em Teatro e especialista na linguagem da palhaçaria, e pela professora Lourdinha Spazziani, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), que atua na área de educação ambiental em escolas públicas de São Paulo.
A 2ª Mostra USP de Teatro Universitário acontece nesta sexta-feira, dia 16 (das 17h às 21h), sábado, dia 17 (das 15h às 19h15) e domingo, dia 18 (das 15h às 18h15), no Centro Cultural Camargo Guarnieri (Rua do Anfiteatro, 109, Cidade Universitária, em São Paulo). Entrada grátis.
*Estagiária sob supervisão de Roberto C. G. Castro
**Estagiário sob supervisão de Simone Gomes