A arte é para todos

Público variado elogia a Coleção Helga de Alvear e destaca o espaço da Pinacoteca

 05/07/2016 - Publicado há 8 anos
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Pinacoteca recebe a Exposição Fora da ordem – Obras da Coleção Helga de Alvear - Foto: Cecília Bastos/USP Imagens
Pinacoteca recebe a exposição “Fora da Ordem – Obras da Coleção Helga de Alvear” – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

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“Caminhar pelo prédio projetado por Ramos de Azevedo e observar a intervenção de Paulo Mendes da Rocha é muito gratificante para quem prioriza a arquitetura e a arte na metrópole”, observa a arquiteta Rafaela Pontes Ferreira, 25 anos, em visita à exposição “Fora da Ordem”, no dia 29 de junho. “A Pinacoteca é um espaço onde a arte é para todos. Tem muitas crianças, jovens e pessoas idosas também.”

Chiara Maya - Foto: Cecília Bastos/USP Imagens
Chiara Maya – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Marília Pontes Ferreira, 26 anos, veterinária e estudante de Biologia, foi à exposição com a irmã Rafaela para visitar a Pinacoteca pela primeira vez. “Nós moramos em Guaratinguetá e garanto que virei mais vezes. Embora eu estude algo completamente diverso, o mundo atual exige que você saiba sobre todas as áreas e a arte tem muito a ver.”

Enquanto observa a instalação com espelhos do português José Pedro Croft, a “futura pintora” – como ela mesma se define – Chiara Maya Mezashi, de 7 anos, já vai traçando o seu caminho. “Eu adoro desenhar, não quero fazer esculturas. Gosto de pintar no papel com tinta ou lápis.” Junto com o pai, o designer gráfico João Mário, Chiara olha tudo com atenção. “Eu também gosto de fotografias. Veja esta com o pôr do sol. Olha quantas cores.”

O casal Érica Alessandra Alves, veterinária, e Otávio Augusto da Silva, analista judiciário, veio de Belo Horizonte (MG) para visitar os pontos turísticos da cidade e aproveitou para ver as exposições da Pinacoteca. “Aqui você tem uma sensação boa de amplitude”, elogia Érica.
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Érica Alessandra Alves e Otávio Augusto da Silva - Foto: Cecília Bastos/USP Imagens
Érica Alessandra Alves e Otávio Augusto da Silva – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

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Foge da agitação de São Paulo. Um lugar agradável, onde você aprende e descansa os olhos. Você vê aqui obras importantes do século 19 e, ao mesmo tempo, se depara com uma coleção moderna e contemporânea como a da exposição ‘Fora da Ordem’

Lucios Vilar - Foto: Cecília Bastos/USP Imagens
Lucios Vilar – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Para o designer gráfico Lucios Vilar, a Pinacoteca é o espaço cultural mais importante da cidade. “Essa coleção de Helga de Alvear é muito interessante. Na minha opinião, esta é uma das exposições mais criativas que já visitei nos últimos tempos, porque reúne peças de países da Europa, da Ásia, Américas, África”, observa. “Abre janelas para o que está acontecendo na arte em todo o mundo.”

Vilar tem razão. A exposição “Fora da Ordem” é uma mostra do mundo globalizado. “Aqui tudo pode. Tem vídeos de artistas chineses, publicidade de artistas dos Estados Unidos e, junto a tudo isso, a delicadeza dos traços de Kandinsky. Ou a genialidade de Duchamp.”

O carioca Enrico Ettore, de 19 anos, veio conhecer a Pinacoteca. “Agora preciso começar a estudar arte e, por esta exposição, percebo que tenho um longo caminho pela frente. Estou cursando Publicidade no Mackenzie. Minha namorada é designer e São Paulo oferece muito para quem quer aprender.” Ettore fica surpreso com uma série de fotografias do americano Edward Rocha. “Ele sobrevoou as cidades para fotografar os estacionamentos e destacou os grafismos que eles formam. Interessante pensar como as cidades priorizam os carros”, comenta.
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Enrico Ettore e ISabela Teixeira - Fotos: Cecília Bastos/USP Imagens
Enrico Ettore e Isabela Teixeira – Fotos: Cecília Bastos/USP Imagens

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A arquiteta e artista plástica Isabela Teixeira veio de Florianópolis (SC). Procura na exposição “Fora da Ordem” um tema para a sua próxima série. “Eu busco algo diferente que possa inspirar a minha nova série. E posso garantir que muitos trabalhos me impressionaram. Gosto de tudo fora do lugar mesmo. Quando começo a pintar, nunca sei qual vai ser o resultado. Penso a pintura como um ato de liberdade.”

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