Tratamento de esclerose sistêmica destrói e reconstrói sistema imune

A doença tem como principal característica inflamações crônicas na pele, que chegam a atrapalhar os movimentos

 07/11/2018 - Publicado há 5 anos
Por

Esclerose sistêmica é o nome de uma doença autoimune que possui como característica inflamações crônicas na pele, o que a torna rígida e passa a atrapalhar os movimentos. Pesquisadores do Centro de Terapia Celular (CTC) da USP desenvolveram um estudo a respeito da resposta do transplante autólogo de células-tronco para tratar os casos mais extremos. A doença age na faixa etária de 25 a 55 anos e afeta mais as mulheres. As principais manifestações são através de arroxeamentos das pontas dos dedos no frio.

Ilustração: Reprodução / BruceBlaus via Wikimedia Commons CC BY-SA 4.0

Os sintomas de enrijecimento da pele podem ficar restritos aos pés, mãos e face, mas com o tempo podem evoluir para toda a pele e até para os órgãos internos, nos casos mais graves. Quando manifestada de forma mais leve, a doença pode ser tratada com medicamentos para dilatar os vasos, mas em sua forma mais séria é necessário que o paciente passe por quimioterapia, seguida do transplante de células-tronco. Em pouco mais de dez anos, são cerca de 100 pacientes transplantados pelo CTC.

A quimioterapia, nesses casos, serve para destruir o sistema imunológico para que ele seja reiniciado a partir do transplante. Segundo Maria Carolina de Oliveira, pesquisadora do Centro de Terapia Celular, professora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e coordenadora das pesquisas sobre esclerose sistêmica, os pacientes submetidos ao tratamento têm recuperado os movimentos e a qualidade de vida.

Ouça na íntegra acima.


Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.