No dia 14 de setembro, a Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês) divulgou os resultados do início do escaneamento da Via Láctea feito pelo telescópio espacial Gaia. O objetivo é, em cinco anos, apresentar o mais preciso mapa tridimensional das estrelas na Via Láctea e em suas galáxias satélites. O Ciência USP conversou com o astrofísico Laerte Sodré Junior, diretor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, sobre a riqueza de informações sobre o céu que nos rodeia que o Gaia vai trazer nos próximos anos.
A divulgação comemorou os mil dias desde o lançamento do telescópio e revelou a distribuição de 1,1 bilhões de estrelas no nosso universo próximo. “O que diferencia esse mapa de outros é a precisão na posição”, comenta Laerte. O Gaia ainda deverá medir as posições e o movimento das estrelas. Com isso, os cientistas esperam obter informações ainda veladas sobre a origem da galáxia e do sol, há 4,5 bi de anos.
[embedyt] https://www.youtube.com/watch?v=HI5fie4tafg[/embedyt]Em seu primeiro escaneamento da Via Láctea, Gaia já mostrou que duas galáxias satélites da Via Láctea, as chamadas Nuvens de Magalhães, são maiores do que se imaginava. Anualmente, novos dados coletados devem ser divulgados pela ESA para complementar o mapa.