O uso da biologia molecular para identificar assintomáticos da covid-19

Silvia Figueiredo Costa reforça que as crianças ainda não estão vacinadas e que é importante criar um sistema de vigilância de sintomas em escolas públicas

 17/12/2021 - Publicado há 2 anos
O teste passou pela etapa de padronização e publicação como artigo científico que o identificou com excelente sensibilidade na detecção do vírus – Foto: Pixabay
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Um estudo de testagem em assintomáticos foi realizado em uma escola pública de São Caetano por um grupo de pesquisadores do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Silvia Figueiredo Costa, do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da FMUSP, pesquisadora do IMT e coordenadora do estudo, explica quais foram as etapas do estudo ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição.

Silvia Figueiredo Costa – Foto: Reprodução

“A ideia do estudo foi ter um teste rápido e baseado em biologia molecular que pudesse ser realizado na saliva para usar como uma triagem de assintomáticos em locais como escolas públicas e Unidades Básicas de Saúde”, esclarece Silvia. O teste passou pela etapa de padronização e publicação como artigo científico que o identificou  com excelente sensibilidade na detecção do vírus. Depois, ele foi aplicado em São Caetano, em parceria com o professor Fábio Leal, da Universidade Municipal de São Caetano, e a Secretaria Municipal de Saúde da cidade, na escola Oscar Niemeyer. “Depois de validado, foi entregue um frasco para os funcionário e alunos para coletar a saliva no período da manhã e posteriormente entregar na escola. Esse processo era realizado uma vez por semana”, explica Silvia, ao lembrar que o teste era direcionado para aqueles que não apresentavam sintomas relacionados à covid-19.

Silvia ainda reforça que as crianças ainda não estão vacinadas e que é importante criar um sistema de vigilância de sintomas em escolas públicas.  “A testagem de assintomáticos acaba sendo um processo que leva a um custo que nem todos os municípios têm condições de arcar, mas é um custo relativamente baixo e que é possível, sim, as diferentes Secretarias de Educação, junto com as de Saúde, terem um sistema que liguem as escolas com atendimento na atenção primária”, destaca.


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