Medindo o impacto na ciência de pequenas e grandes colaborações

Estudo mostra forte correlação entre tamanho das equipes de pesquisa e grau de ruptura dos seus resultados

 27/02/2019 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 15/03/2019 as 0:03

“É razoável mensurar a qualidade da produção científica?” A questão é proposta pelo físico Paulo Nussenzveig na coluna Ciência e Cientistas. “Há alguns anos, tem-se desenvolvido uma área chamada cientometria, cujo propósito é quantificar a avaliação da ciência através de indicadores de impacto, como o número de vezes que um artigo é citado por outros pesquisadores”, comenta. “Ao publicar um trabalho, pesquisadores devem dar crédito àqueles que os precederam, citando as referências bibliográficas que usaram para produzir seus avanços.”

De acordo com o físico, se um trabalho é muito citado por outros pesquisadores, servindo de ponto de partida ou suporte para futuras pesquisas, isso serve para indicar seu impacto. “Mas o número de citações é insuficiente para capturar o grau de inovação de um trabalho”, aponta. Nussenzveig fala sobre o artigo dos pesquisadores Lingfei Wu, Dashun Wang e James Evans, publicado pela revista Nature em 21 de fevereiro, que analisa as características do trabalho de pequenas equipes versus grandes equipes de cientistas.

“Os pesquisadores trabalharam com um novo indicador, que chamam de disruptiveness, cuja tradução seria ‘disruptividade’. Prefiro usar o termo ‘ruptura’”, relata o professor do Instituto de Física (IF) da USP. “Partindo de uma grande base de dados, com mais de 65 milhões de artigos, patentes e softwares publicados entre 1954 e 2014, os pesquisadores mostraram existir uma forte correlação entre o tamanho das equipes de pesquisa e o grau de ruptura dos seus trabalhos.”

Ouça no link acima a íntegra da coluna Ciência e Cientistas.


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